A solenidade da 15ª edição do Prêmio Benjamin Resende, a ser realizada no Teatro Paulo Roberto Lisboa, no Centro Cultural Matarazzo, no dia 21 de setembro, não é apenas um evento. Trata-se de um momento de celebração e reconhecimento da riqueza artística do oeste paulista, onde 22 talentos serão homenageados por sua dedicação e excelência. Essas figuras, muitas vezes invisíveis ao grande público, são as que mantêm viva a chama da cultura regional, conectando o passado ao presente e, muitas vezes, inspirando o futuro.
A grande beleza desta premiação está em um detalhe fundamental: o reconhecimento em vida. Quantas vezes se ouve falar de artistas cuja obra só foi plenamente valorizada após sua morte? O “Benjamin Resende” entrega o devido respeito e admiração enquanto seus contemplados podem, eles mesmos, vivenciar o momento. Este gesto de humanidade não apenas enriquece a vida dos homenageados, mas também fortalece a identidade cultural de toda uma região.
Os artistas locais desempenham um papel importante na construção de uma memória coletiva, traduzindo em cores, sons e gestos rotina da vida. E reconhecer esse trabalho é garantir que as histórias, sentimentos e herança cultural continuem vivos. Cada uma dessas pessoas tem um impacto profundo na comunidade, seja através das artes plásticas, da música, do teatro ou das muitas outras expressões culturais.
Em tempos em que os grandes ícones da cultura parecem inatingíveis, prêmios como o “Benjamin Resende” nos lembram de algo essencial: é na vizinhança, no bairro, nas pequenas cidades, que encontramos os verdadeiros guardiões de nossa identidade. Homenageá-los é reafirmar nossa conexão com o local e o cotidiano, celebrando o que temos de mais autêntico e próximo.
Que o exemplo desta premiação sirva de inspiração para que cada vez mais comunidades reconheçam seus talentos locais, garantindo que sua arte e legado perdurem. A arte local é, afinal, a alma de uma comunidade – e honrá-la em vida é a maior prova de gratidão que podemos oferecer.
