Historinha de pescador (mais uma)

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista a favor da juventude e do elixir da juventude

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 23/05/2024
Horário 05:30

Tarde ensolarada de domingo, um sol senegalesco talvez causado pelo aquecimento global. Ou clima extremado num mundo de extremistas. Enfim, um dia perfeito para uma pescaria, pensaram os compadres Abílio e Malaquias. "Cumpadi, óia que dia bonito, o sór tá de rachar. Ocê não acha que nóis deveria aproveitar para pescar?", sugeriu o Abílio ao Malaquias.
De bate-pronto, Malaquias aceitou a sugestão do compadre. Ato contínuo (que língua, Meu Deus!), a dupla tratou de arrumar a tralha de pescaria. Colocaram tudo em uma sacola: anzol de todo tipo, minhoca, isca fake (aquela do falso peixinho), sanduíches de mortadela e, claro, uma garrafa de cachaça.
Afinal, pescaria sem pinga não é pescaria. Abílio e Malaquias eram chegados, ou seja, adoravam a água que colibri não bebe. Detalhe: eles tinham prometido que não beberiam nunca mais, ou seja, seriam abstêmios para sempre. 
Os dois voltaram atrás, quebraram a promessa e tinham uma desculpa na ponta da língua: "Mió a gente levar pinga. Vai que a gente é mordido por alguma cobra? A cachaça corta o efeito do veneno", justificou o compadre Malaquias. Com as varas debaixo do braço eles foram para o rio, que não ficava tão longe. 
Mesmo assim usaram uma caminhonete caindo aos pedaços, parecendo a economia da Argentina. Além da sacola com os apetrechos, os compadres também levaram outra sacola. A segunda sacola intrigou o compadre Abílio. Ele quis saber o que o Malaquias colocou na segunda sacola. "Cobras!", respondeu laconicamente o compadre, acrescentando que eram as serpentes mais peçonhentas da região, com veneno pra mais de litro. E arrematou: "Vai que lá não tem cobra". 

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