Hiroshima

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista que avisa: o balde não é debalde

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 06/08/2024
Horário 05:30

Alguém disse que depois das 8h da manhã do dia 6 de agosto de 1945 a humanidade passou a viver por prorrogação. É que nessa hora o monstro nuclear deu as caras e destruiu a cidade de Hiroshima, no Japão. 
Pelo menos 140 mil pessoas morreram na hora e outras tantas faleceram nos dias seguintes, atingidas pela bomba atômica Little Boy (Menininho) lançada pelos EUA.
O sol brilhava em Hiroshima e, com boas condições climáticas, a cidade foi escolhida e para lá voou o avião Enola Gay transportando a bomba. Três dias depois os americanos arrasaram Nagasaki, onde morreram cerca de 74 mil pessoas. Foram vítimas da bomba Fat Man (Homem Gordo). Com o passar dos anos, milhares de pessoas morreram de câncer nas duas cidades.
Afinal, por que os EUA jogaram as bombas? O Japão estava caindo aos pedaços e já admitia a possibilidade de rendição. Então, não havia a necessidade de usar as bombas nucleares. 
Para alguns estudiosos, foram dois os motivos: os americanos queriam se vingar do ataque japonês, em 1941, contra a base naval de Pearl Harbor, no Havaí, onde morreram centenas de soldados. Os EUA também pretendiam amedrontar e intimidar a então União Soviética que conseguiu ter a bomba em 1949.
Como todos sabem, hoje em dia fala-se muito na Terceira Guerra Mundial. O mundo estaria à beira da catástrofe nuclear. Certos governantes brincam com fogo. Hoje, os EUA têm pelo menos 5,5 mil armas atômicas, enquanto o arsenal russo seria de 5,6 mil. Diferença mínima.
Se houver o conflito, a humanidade será varrida da face da Terra e não será nenhum gari que vai usar a vassoura. Pra começo de conversa, a água do mar evaporaria em questão de horas e certas ilhas afundariam dependendo da quantidade de bombas detonadas. O Putin alertou sobre isso. Em suma: não sobrarão pedra sobre pedra e ninguém para contar a história.
 
P.S.: A radiação das bombas detonadas no Japão ainda permanece na atmosfera da Terra e somente será completamente dissipada daqui a 30 mil anos. Um internauta me explicou isso.

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