Referência do Brasil na natação, Gustavo Borges arrancou aplausos e sorrisos de crianças e adultos, ontem, durante a visita realizada na Academia Fitbem, em Presidente Prudente. Além de fotos com os fãs, o ex-atleta caiu na piscina, onde deu algumas braçadas com as crianças da escola e fez uma apresentação envolvendo os quatro estilos competitivos (livre, peito, costas e borboletas) da modalidade. O medalhista olímpico ainda bateu um papo com promessas do esporte local e falou sobre a importância de desenvolver um trabalho de iniciação.
Em bate-papo com atletas da Semepp, Borges respondeu pergunta dos garotos
"Muito bacana, pelo fato de poder proporcionar um trabalho focado no bem estar e na atividade física", diz Borges, que ao longo da carreira conquistou 19 medalhas em jogos Pan-Americanos e quatro medalhas olímpicas. "A de 92 foi a mais especial, por tudo o que aconteceu. E por ser a primeira", aponta a medalha de prata nos 100 metros livres, conquistada nas Olimpíadas de Barcelona, na Espanha, em 1992, como a mais importante, que veio acompanhada de recorde Sul-Americano.
Hoje diz se sentir outro em relação a quando ganhou a primeira medalha, em uma competição escolar, em 1981, ainda com 9 anos, na cidade de Ituverava, interior de São Paulo. "É muito diferente porque você sai de uma natação de diversão, para uma competição profissional, que também é de diversão. Os valores são os mesmos, mas você vê um crescimento", diz. Conta ainda que é um grande processo de evolução. "Foi um grande período de transformação, em termos psicológicos e amadurecimento", lembra.
Grandes conquistas
Ainda por jogos olímpicos, no ano de 1996, em Atlanta, nos Estados Unidos, outra vez pódio e em dose dupla. Prata nos 200 m livre e bronze nos 100. Em 2000, no evento realizado em Sydney, na Austrália, bronze no revezamento 4x100 livre, juntamente com Edvaldo Valério, Carlos Jayme e Fernando Scherer, Xuxa. Em 2004, se despediu das piscinas e do maior evento do esporte mundial, quando representou a seleção brasileira apenas pelos 4x100 livre, chegando em 12º lugar.
Paula Carrilho, 42, aguardava a chegada de Gustavo. Embora o filho João Carlos, 6, não tenha visto o grande campeão nas piscinas, ele estava entusiasmado com a possibilidade de nadar com o ídolo. "Ele não viu, mas a gente comenta sobre o Gustavo. A escola também fala muito e ele está muito ansioso", relata a mãe. Em relação a isso, o ex-nadador comenta que é uma grande motivação ver os jovens felizes só por terem ouvido o comentário dos pais.
"Já faz 11 anos que eu me aposentei e muitas crianças nunca me viram nadar, mas os pais viram e, assim, acompanham e motivam os garotos", comenta o ex-nadador. Outro que estava ansioso é Thiago Júnior Betoni, 14, aluno da Apan/Semepp/Criarte/Pastorinho, que considera Gustavo um espelho. "Treino todo dia para almejar chegar perto do que ele foi", conta o garoto, que complementa que todos os atletas que estão começando tem Borges como grande inspiração. "Considero ele um grande orgulho para nós e para todo o Brasil", completa.