O estelionatário não escolhe vítima ou condição financeira, o que ele realmente quer é conseguir dinheiro fácil das mãos de quem deposita total confiança. Para não perder de vista o autor virtual, é importante conseguir o maior número possível de provas que possam levar à identificação.
“Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém a erro, mediante artifício ardil ou qualquer outro meio fraudulento”. É o que diz o artigo 171 do Código Penal Brasileiro sobre o estelionato.
Conforme o texto, a prática pode ocasionar a uma punição com uma pena que pode ser de um a cinco anos de reclusão, e multa.
Segundo a advogada Barbara Roberta Trojillo Pereira, quando perceber que foi vítima de um golpe pela internet, o primeiro passo a ser tomado é tirar “print” (cópia) de todas as conversas trocadas com o estelionatário na rede social, bem como juntar os comprovantes de depósitos ou transferências bancárias em que conste a conta de destino que servirão como provas para investigação.
“Embora seja algo constrangedor, caso a pessoa não tenha ideia de como agir, o ideal é procurar alguém de sua confiança e explicar o que aconteceu para sentir-se mais seguro e tomar as devidas providências”, afirma Barbara.
“Porém, o correto mesmo é dirigir-se ao plantão policial mais próximo com todas as provas e registrar a ocorrência”.
O advogado Diego Gomes da Silva complementa que é preciso estar “sempre alerta” para não ser enganado na conversa de golpistas. “A partir do momento em que estiver desconfiando que pode ser um golpe, o certo a se fazer é bloquear a pessoa de suas redes sociais o quanto antes”, afirma.
“Não fornecer dados pessoais em hipótese alguma, como por exemplo os cartões de crédito, e caso tenha fornecido procure fazer o bloqueio dos mesmos imediatamente.
Ele ainda ressalta que a prevenção será a melhor forma de evitar tais golpes.
“As histórias são sempre muito parecidas, sejam desculpas como tratamento médico, presentes enviados do estrangeiro com restrição na alfândega e por aí vai”, explica. “Se tiver o mínimo de desconfiança, não faça! Principalmente se nunca tiver visto o suposto (a) namorado (a) e o contato for exclusivamente por meio virtual ou telefônico”.
Outra orientação é, após o registro dos fatos, denunciar o perfil do estelionatário para a rede social a fim de evitar que outras pessoas sejam vítimas do mesmo golpe.
Tipos de golpes mais comuns
Conforme a cartilha "Golpe? Tô Fora", desenvolvido pela investigadora Barbara Camapum, da CPJ (Central de Polícia Judiciária) de Presidente Prudente, os tipos de golpes mais são:
SAIBA MAIS
Cartilha orienta sobre os tipos mais comuns de golpes
Golpe do 'falso namorado' faz vítimas em Presidente Prudente