Com o intuito de melhorar a segurança pública e ainda a relação entre vizinhos, moradores de bairros em Presidente Prudente estão aderindo ao Programa Vizinhança Solidária. A prática viabiliza, através de grupos formados nas redes sociais com o apoio da Polícia Militar, o compartilhamento de informações a respeito da situação do bairro, para promover uma prevenção primária. Com o aumento da insegurança, a medida se torna uma ferramenta de intimidação das ações de criminosos.
De acordo com a PM, a prevenção primária é o degrau no combate à criminalidade, haja vista que o cidadão conhece e sente diariamente as causas e os efeitos do crime, cuja percepção se torna ferramenta indispensável para orientar as ações do órgão. Considera que esse tipo de ação serve para reduzir a intolerância social que predomina nas grandes cidades, aproximando os vizinhos e, por consequência, resgatar a sensação de segurança.
O programa é voluntário, sem qualquer custo e pode ser implantado em ruas de determinados bairros, regiões, ou com identificação de um estabelecimento comercial que tenha obtido o Certificado de Análise de Risco de Vulnerabilidade. “Devem ser evitados ações ou iniciativas isoladas. Lembre-se: a força contra o crime está na União coordenada entre povo e polícia”, alerta a corporação.
Ajuda online
“Área vigiada pela comunidade”. Estes são os dizeres presentes nas placas colocadas em postes de iluminação do Parque Residencial Funada, pioneiro da cidade, informando que a vizinhança é adepta ao programa. Uma das participantes do grupo é a comerciante Rita de Cassia Olanda Silva, 52 anos, que diz se sentir mais segura com essa colaboração. Conta que os vizinhos já conhecem a rotina um do outro e, dessa forma, ao notar algo diferente no bairro, sempre avisam no grupo.
“Quem tem câmeras de segurança posta os vídeos para deixar todos em alerta, avisamos de alarme residencial disparado. Alguém do grupo chama a polícia, que está sempre em prontidão e vem rápido. Então é uma segurança a mais”, pontua.
O mesmo ocorre no Parque Residencial Carandá, onde o funcionário público Luis Carlos da Silva, 31 anos, é um dos administradores do grupo. Para que tenha maior eficácia, ele acredita que o grupo deve envolver os moradores mais próximos de sua residência, haja vista que o bairro é grande e, com muitas pessoas, acaba perdendo o foco. “Conversamos coisas de utilidade pública, ajudamos a solicitar melhorias para o bairro. Se você conhece os membros, a informação tem mais credibilidade”, declara.
No mesmo bairro, o cabeleireiro Waldinei Gato dos Santos, 47 anos, já contou com a ajuda dos vizinhos, que o avisaram quando o alarme de sua casa disparou e ele estava viajando. Relata que os roubos eram frequentes no bairro e, com isso, fica mais tranquilo, haja vista que não fica na residência o dia inteiro. “Com a vida corrida, às vezes, nem conhecemos nossos vizinhos. Assim, é uma forma de aproximar a vizinhança e ainda se ajudar”, afirma.
Participação da Policia Militar
1. Escolhe os locais para a fixação das placas com base nas ferramentas de inteligência policial e de gestão.
2. Promove reuniões de mobilização com a comunidade organizada.
3. Identifica e cria proximidade com as lideranças comunitárias.
4. Profere palestra sobre prevenção primária de sensibilização.
5. Visita o tutor seguindo as indicações do cartão de prioridade de
policiamento.
6. Monitorar os indicadores criminais da região.
SERVIÇO
Para receber os benefícios do Programa Vizinhança Solidária, o cidadão deve procurar o Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) na localidade fim de preencher o requerimento de análise de vulnerabilidade.