Grupo reflexivo para autores de violência doméstica terá início em outubro, com 15 participantes

Encontros semanais com esses homens ocorrerão em espaço cedido pela Toledo Prudente, que também colocará acadêmicos de Direito e Psicologia para fortalecer espaço de diálogo

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 09/09/2024
Horário 17:16
Foto: Lucas Moura
Reunião para discutir criação e implantação do grupo ocorreu nesta segunda
Reunião para discutir criação e implantação do grupo ocorreu nesta segunda

Nesta segunda-feira, ocorreu uma reunião decisiva a respeito das ações de enfrentamento à violência doméstica em Presidente Prudente, com a assinatura de termo de parceria entre a Prefeitura e a Toledo Prudente Centro Universitário, que oferecerá parte de sua estrutura para sediar os encontros do Grupo Reflexivo para Homens Autores de Violência.

O trabalho está previsto na Lei Maria da Penha (lei 11.340/2006). Este grupo será composto por 15 homens e terá início no dia 8 de outubro, após a triagem dos participantes que começa nesta terça-feira. Contará com encontros semanais e serão realizadas no espaço cedido pela Toledo, que estará contribuindo também com acadêmicos de Direito e Psicologia para oferecer apoio aos participantes e enriquecer sua formação.

O encontro contou com a presença de diversas autoridades e abordou aspectos relativos à criação e implantação do grupo. A iniciativa é uma parceria da Prefeitura com o poder Judiciário, MPE (Ministério Público Estadual) e a Toledo.

Entre os presentes, estavam a secretária de Assistência Social e primeira-dama, Clelia Tomazini; os promotores de Justiça Vanessa Zorzan, Claudinei Melo Alves Junior e Fernando Galindo Ortega; Daniela Marrey, delegada da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher); Major Washington Hennis, da Polícia Militar; Igor Machado, pró-reitor acadêmico da Toledo Prudente; Sérgio Tibiriçá Amaral, reitor da instituição; além da juíza de Direito, Marcela Papa, e dos servidores do município que atuarão diretamente nos grupos.

Em sua fala, Marcela Papa destacou que não basta prender o infrator. “Temos que ter outros mecanismos para tirar essa cultura machista e paternalista de estímulo à violência. Para que essa violência não se perpetue, é necessário oferecer alternativas de reflexão e mudança”, explicou.

A promotora Vanessa Zorzan mencionou alarmantes números de pedidos de medida protetiva, que subiram de 700 do ano passado para 1,5 mil neste ano. “O objetivo é romper esse ciclo de violência com a ressignificação do que é uma relação saudável, visando sempre à diminuição dos índices de violência”, ponderou.

Representando a administração municipal, a secretária de Assistência Social, Clélia Tomazini, enfatizou a importância do serviço para romper os ciclos de violência e ressaltou que o trabalho em rede, envolvendo as forças policiais, o Ministério Público, o Judiciário e a Prefeitura, é fundamental para proteção e garantia dos direitos das mulheres vítimas de violência.

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