A estiagem prolongada, falta de umidade, poeira em excesso por todos os lados, provocaram nas últimas semanas uma onda de gripe alérgica, obrigando centenas de pessoas a procurarem as farmácias e centros de saúde. A doença não poupou ninguém, ricos, pobres, crianças, idosos, fazendo baixar os estoques de medicamentos específicos nas farmácias de Indiana. Sem contar que muitos recorrem aos remédios caseiros, como os famosos e eficazes chás de folhas de laranjeiras, hortelã, puejos, guaco, gengibre, casca de abacaxi, e por aí afora.
PREJUÍZOS DA SECA
O cenário é bem triste em nossa região, com as pastagens amareladas pela seca, o gado magro, e pequenos criadores, com menos recursos procurando solucionar o problema de qualquer forma. A falta de chuvas vem causando um transtorno enorme aos criadores e agricultores. A estrada do Chora-Chora, que se tornou nos últimos meses uma alternativa para motoristas que fogem do pedágio, produz diariamente uma quantidade de poeira que prejudica imensamente os moradores que vivem às margens dessa vicinal. De repente essa estrada que era tão calma, tornou-se perigosa, pela quantidade de curvas e o grande movimento de veículos de todo porte transitando por ali diuturnamente.
CASAS POPULARES
Nas últimas semanas, a população tem comentado sobre a construção de casas populares em Indiana. Na verdade, seria um conjunto habitacional com 40 unidades, mas a bem da verdade, procuramos saber e não encontramos nada de concreto, pelo menos por enquanto. Pela Câmara Municipal, segundo fomos informados, não houve até agora nenhuma discussão para compra de terreno, local onde haveria a construção de casas populares. Como se sabe, para construção de casas populares existe todo um processo, que leva tempo, não se faz a toque de caixa, e assim é bom que as pessoas não fiquem tão ansiosas.
PÓS-PANDEMIA
Muito se aprende nos períodos mais difíceis, isso já ficou provado depois das grandes guerras, quando a humanidade buscou superação com a criação de novos caminhos, e novas saídas para enfrentar as grandes adversidades. E a pandemia também nos ensinou mais uma vez que o ser humano sabe como buscar alternativas para driblar as crises. Muitas famílias que ficaram desprovidas de recursos, sem empregos, em nossa região, montaram suas barracas improvisadas, e passaram a vender frutas, verduras e lanches, criando pontos de vendas desses produtos, que aos poucos cresceram e vicejaram. Essas famílias têm hoje fontes de renda, e prestam serviço à coletividade, oferecendo produtos que são consumidos no dia a dia.
NOSSOS CINEMAS
Nos anos 60, auge do cinema, jamais poderíamos imaginar o final melancólico de nossos cinemas. A população indianense orgulhava-se do prédio do Cine Bandeirantes, o cinema que, por muitos anos, foi o ponto de encontro das famílias, encenando grandes filmes épicos, como Ben-Hur, Os Dez Mandamentos, Assim Caminha a Humanidade, A Conquista do Oeste e tantos outros. O Cine Bandeirantes ostentava uma fachada linda, localizado na Rua Dr. João Munhós (antiga Benjamin Constant) bem em frente da Praça da Matriz. O responsável era o pioneiro José Ferro, que empreendeu um trabalho fantástico para que Indiana contasse com um belo cinema por várias décadas. Infelizment,e já na década de 1970, o prédio foi demolido.
OUTROS CINEMAS
O Cine Éden, em Regente Feijó, teve o mesmo fim, com infiltrações, foi demolido, bem como o prédio da Radio Regente Feijó, que funcionava no andar superior sobre o cinema. Tudo foi abaixo, nada restou. Não houve sensibilidade por parte das pessoas que deviam cuidar dos prédios que marcaram época na história da cidade. O mesmo aconteceu em Martinópolis, não existe mais nem resquício do antigo prédio do Cine São Benedito, que tanto sucesso fez até os anos 70. Encerrou suas atividades em 1978.
MEU VIZINHO MARROQUINO
O que nunca imaginei aconteceu. Tenho um vizinho marroquino, Mostafá, que é da cidade de Fez, uma importante comunidade do país Marrocos. Mostafá Pronto, 48 anos, chegou em Indiana há cerca de dois anos e meio, e usando aquela roupa marroquina causou, despertando a curiosidade de todos. Mostafá tem uma mão maravilhosa para culinária de seu país, inclusive já experimentei alguns pratos, o cuscuz marroquino, uma especialidade de sua habilidade na cozinha. Mostafá fala sua língua original e também o francês idioma falado no sul do seu país. Muito gentil, sempre estamos dialogando, mesmo com as dificuldades impostas pela linguagem, mas a gente contorna. Mostafá diz que o que mais o atraiu para o Brasil, foi o modo de vida dos brasileiros, a alegria, a espontaneidade, aqui o povo é amistoso, o clima é bom e a natureza é maravilhosa. Mostafá fez curso de cabeleireiro e já está construindo um salão que será inaugurado em breve. Perfeitamente adaptado ao nosso modo de vida, ele afirma que só volta ao Marrocos para passear.
PASTEL DE FEIRA
Toda terça feira temos a feira livre de Indiana, e muitas crianças já estão acostumadas a pedir aos pais que os levem à feira para "comer o pastel do André", mas o pastel do André Nishiama não é só preferência das crianças, pois os adultos fazem filas para saborear o famoso pastel. A família Nishiama está com a barraca do pastel na feira de Indiana há 17 anos. São moradores do distrito de Espigão, km 01, e, todas às terças, a família, que tem à frente André Nishiama, sua esposa Eliza, a sogra Alice Motoyama (79 anos) e a filha Gabriela Yume, se deslocam para Indiana para oferecer o tradicional pastel. Gabriela tinha dois anos de idade, quando a barraca do pastel começou, e hoje ela tem 19 anos, cursando faculdade. Nas quartas e domingos, o pastel do André também pode ser saboreado na feira livre em Regente Feijó.
EM TEMPO
A frase mais famosa da filosofia: "SÓ SEI QUE NADA SEI".