Grávidas e puérperas de SP que tomaram vacina da AstraZeneca vão receber 2ª dose da Pfizer

Medida favorece mulheres que precisariam esperar fim do período puerpério para só então completar esquema vacinal com o imunizante da Fiocruz

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 21/07/2021
Horário 15:45
Foto: Governo estadual
Grávidas não precisarão mais esperar o período de um mês e meio depois do parto para estarem protegidas
Grávidas não precisarão mais esperar o período de um mês e meio depois do parto para estarem protegidas

O vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) anunciou nesta quarta-feira que os municípios do Estado que aplicaram a primeira dose da Fiocruz/AstraZeneca/Oxford em gestantes e puérperas estão autorizados a concluir o esquema vacinal com o imunizante da Pfizer.

"A medida passa a valer a partir desta sexta-feira e é válida a todas as gestantes e puérperas que tomaram primeira dose da AstraZeneca e que poderão tomar a segunda dose da Pfizer", disse Rodrigo. Essa decisão favorece grávidas e puérperas que ainda precisariam esperar a conclusão do período puerpério - 45 dias após o parto - para só então receber a segunda dose da vacina da AstraZeneca.

Agora, as grávidas não precisarão mais esperar o período de um mês e meio depois do parto para estarem protegidas. Pactuada com o Cosems (Conselho de Secretários Municipais de Saúde), a estratégia permite que os gestores do SUS (Sistema Único de Saúde) de São Paulo apliquem a vacina da Pfizer em 12 semanas, mediante termo de ciência, nas mulheres que já receberam o imunizante da AstraZeneca.

"A gente pede que essas gestantes que tomaram a primeira dose da AstraZeneca verifiquem seu cartão vacinal. Então, procure a unidade básica de saúde, de preferência onde já tomou a sua primeira dose para, no prazo, tomar a segunda dose da vacina da Pfizer", afirmou a coordenadora geral do PEI (Plano Estadual de Imunização), Regiane de Paula.

Estes grupos de mulheres foram incluídos na campanha em maio, período em que o Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, suspendeu o uso dessa vacina para estes públicos. A decisão foi embasada em estudos que demonstraram boa proteção com a chamada "intercambialidade" de vacinas desses dois laboratórios, e está em conformidade com recomendações da Sogesp (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo), da CPAI (Comissão Permanente de Assessoramento em Imunizações) e do Centro de Contingência do Coronavírus.

Desde maio, 8,8 mil grávidas e puérperas receberam a primeira dose da AstraZeneca e poderão retornar aos postos de saúde para completar o esquema vacinal. O PEI (Plano Estadual de Imunização) disponibilizará vacinas da Pfizer para a segunda dose destas mulheres. Em toda a campanha, 229 mil delas já iniciaram o esquema e 34,6 mil estão completamente imunizadas.

"A Sogesp tem acompanhado de perto o trabalho do governo do Estado. São Paulo já vacinou praticamente metade das gestantes e puérperas, é um dos Estados que mais vacinou. A gente vê com muita alegria esse anúncio porque isso trazia muita insegurança para essas mulheres que tomaram a primeira dose da AstraZeneca", complementou a presidente da Sogesp, Rossana Pulcineli.

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