No 32º Festival de Pipas Raul Albieri também teve espaço para mais cultura e solidariedade. No decorrer do evento, o público presente pôde conferir o grupo Entre Cores Crew, Graffiti Art, de Presidente Prudente, produzir uma tela com formas e desenhos alusivos ao centenário da cidade, além da exposição de duas pinturas feitas pelo artista plástico prudentino Erivaldo Santos, Vadinho. Ambos os trabalhos foram doados à Feapp (Federação das Entidades Assistenciais de Presidente Prudente), que atende 35 instituições do município.
Foto: Marcio Oliveira, Grafite foi pintado durante a realização do Festival de Pipas
“O grafite deste ano teve um painel, no qual a intenção era trazer algo diferente, com cores mais vivas, - alusiva à bandeira nacional -, junto ao brasão da cidade de Presidente Prudente”. Conforme explicado pelo grafiteiro e integrante do grupo Entre Cores Crew, Leonardo Ferreira, Leozinho, a arte também não poderia fugir ao tema proposto. Composto por três artistas, o conjunto fez uma reunião antes do evento, para que pudessem pensar no que seria feito. “A gente chegou à conclusão de que não queríamos fugir muito, com medo de pensar em algo muito diferente e não fazer a menção proposta”, declara.
Sobre a doação à Feapp, ele garante que o grupo fica feliz em poder participar da edição, o que já acontece há doze anos, e ainda por cima, poder ajudar outras pessoas. “O grafite será doado à Feapp, pra poder fazer, de repente, um leilão e reverter em recursos para a federação. É mais do que gratificante saber que nosso trabalho servirá para atingir outras pessoas. É o sentido de tudo”, completa.
Além do grafite, duas pinturas do artista Erivaldo Santos foram expostas e destinadas à federação. Vadinho relata que uma foi feita em temática ao centenário e a outra trata-se de um releitura de sua própria obra, que foi premiada em Brasília (DF), pelo 50 anos da capital brasileira. A obra teve o tema de Viva Verde da Independência. “Já é uma rotina fazer trabalhos para serem doados às entidades, grupos sociais, e etc. A arte é um meio social das pessoas e a pipa também está incluso nisso. São duas culturas juntas, porque já existe há muitos anos. É gratificante poder participar, comemorar e ajudar”, destaca.
Foto: Marcio Oliveira, Vadinho produziu 2 telas que foram expostas
Foto: Marcio Oliveira, Leozinho comemora mais uma participação
Oficina
E já que pipa também é arte, houve espaço para formação de artistas. A Lions Clube Centro montou um estande no local, onde crianças e adultos puderam aprender a fazer pipas. O presidente do órgão, Eduardo Toledo Dias afirma que a intenção foi ensinar o público e também fomentar a prática de uma atividade que não possui o uso de tecnologia. “A ideia é trazer um pouco da prática manual, ensinando a fazer pipa. Pais e filhos não podem esquecer nunca disso. É uma maneira que encontramos de contribuir para que isso aconteça”, expõe.
Uma semana antes já se iniciava o preparo, com a busca por materiais e a pré-montagem. “Chegando aqui, o participante já encontraria tudo pronto para iniciar o preparo. Todo o efetivo do clube trabalhou, isto é, em torno de 15 pessoas, ensinando e ajudando. Qualquer criança pôde participar”, completa o presidente. Eduardo também ressalta que um profissional experiente na produção de pipas ficou por trás da oficina. Além disso, as pipas feitas pelas próprias crianças foram entregue a elas.