Governo de SP prorroga fechamento de 3 unidades de conservação da região para evitar incêndios

Decisão foi tomada nesta quarta devido à continuidade das condições climáticas de risco nos próximos dias; medida atinge parques Aguapeí, Morro do Diabo e Rio do Peixe

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 11/09/2024
Horário 17:47
Foto: Governo de SP
Parque Estadual Morro do Diabo é uma das unidades que permanecerão fechadas
Parque Estadual Morro do Diabo é uma das unidades que permanecerão fechadas

O governo de São Paulo, por meio da Semil (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística), prorrogou até o dia 29 de setembro o fechamento de 81 unidades de conservação do Estado. No oeste paulista, a decisão atinge o PE (Parque Estadual) Aguapeí, que abrange os municípios de São João do Pau d’Alho, Monte Castelo e Junqueirópolis; o PE Morro do Diabo, localizado em Teodoro Sampaio; e o PE Rio do Peixe, cuja área se estende pelos municípios de Ouro Verde, Dracena, Presidente Venceslau e Piquerobi. 

A decisão foi tomada nesta quarta-feira após uma reunião do gabinete de crise do governo, devido à continuidade das condições climáticas de risco nos próximos dias. Os parques estão fechados desde o dia 1º para proteger a população e manter foco total na prevenção a incêndios nessas áreas de preservação.

Segundo a portaria da Fundação Florestal, apenas os parques estaduais Campos do Jordão e Cantareira estarão parcialmente abertos para os visitantes, nas áreas concessionadas, desde que não haja risco aos visitantes. Durante esse período, todas as equipes que trabalham nas unidades de conservação continuarão a se dedicar exclusivamente ao monitoramento territorial, combate a incêndios, sensibilização das comunidades dos entornos e apoios administrativos e logísticos.

"Diante da persistência das condições climáticas, que favorecem a ocorrência de incêndios, tomamos a decisão de prorrogar o fechamento dos parques estaduais. Essa medida, embora temporária, é fundamental para proteger a biodiversidade e garantir a segurança de todos. Nossos profissionais continuam atuando incansavelmente no combate a possíveis focos de incêndio e na proteção das áreas fechadas", destaca Rodrigo Levkovicz, diretor-executivo da Fundação Florestal. “Essa decisão mostrou-se muito eficaz neste período, por isso vamos estender o fechamento enquanto o cenário estiver crítico”.

Prevenção e combate ao fogo 

O governo de São Paulo informa que adotou uma série de medidas preventivas para evitar incêndios e proteger a população. Além do fechamento de 81 unidades de Conservação, o Estado também liberou quase R$ 6 milhões para a contratação de serviços de monitoramento e combate a incêndios florestais com aeronaves. Foram contratadas 120 horas de voo de monitoramento e 300 de combate aéreo.

Além disso, ampliou o efetivo de bombeiros civis em 80% para combate ao fogo, chegando ao número de 102 profissionais que trabalham em conjunto com a Fundação Florestal, que conta com uma estrutura formada por centenas de brigadistas, vigilantes, vigilantes motorizados, e vários tipos de equipamentos que são usados por esses profissionais. Entre eles estão: caminhões-pipa, tratores, carretas-tanque, picapes 4x4, quadriciclos, sopradores, atomizador costal, roçadeiras, motosserras, bomba costal e abafadores.

O governo de São Paulo realizou ainda mais de 1,6 mil quilômetros de aceiros, faixa de terra livre de vegetação que é criada para impedir a propagação de incêndios. A iniciativa privada também auxilia o governo de São Paulo na identificação das queimadas, para que o combate aconteça o mais rápido possível.

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