A Amazônia, coração do mundo, é nossa! Ocupa 59% do território brasileiro. É a maior riqueza do planeta em todos os aspectos, quem não a cobiça? Na ditadura de 64 a 85, os militares cognominaram-na “Inferno Verde” e incentivaram sua destruição. Em 1972, foi iniciada a Transamazônica, considerada por muitos um fracasso porque diminuiu drasticamente a preservação ambiental, impactou a fauna, a flora, não foi preservada e etc. Depois ocorreram décadas entre alternâncias de razoável a má preservação da gigante verde Mas foi a partir de 2012, que aumentou consideravelmente a devastação, tendo seu ápice em 2019 e 2020.
Tudo na Amazônia é grandioso e sagrado. O Rio Amazonas tem o maior volume de água do planeta, possui 1/5 de toda a água doce da Terra, é a maior reserva hídrica do mundo. E você sabia, leitor, que ele voa? Sim, suas águas somadas a de outros rios, de forma invisível aos nossos olhos, correm acima das nossas cabeças e sopra vida ao Brasil e ao mundo todo. A biodiversidade da floresta é um armário de medicamentos que tem provido à humanidade todos os tipos de recursos que salvam vidas. Enfim, a saúde está condicionada de forma considerável à gigante verde.
Embora a Floresta Amazônica seja a garantia da vida, pasme leitor, são oferecidas a ela queimadas criminosas, desmatamento incontrolável, tráfico de animais silvestres e variadas formas de destruição. Portanto, deve constar da constituição brasileira: O governo que de forma direta ou indireta incentivar a devastação da Amazônia deve ser levado ao “impeachment” como crime de responsabilidade. É também dever de todos os cidadãos plantar árvores. Do prefeito de Presidente Prudente queremos multiplicação geométrica principalmente de ipês que alegram os olhos com o colorido das suas flores. As árvores de todos os municípios e de todas as partes do Brasil “se acasalam” com a Floresta Amazônica numa unidade sábia e misteriosa.
Um índio disse ao cientista Antônio Nobre: “A floresta é sagrada, sem árvores todos morreremos”. Sábios são os índios, disse Nobre, que concluíram sozinhos o que eu levei anos de pesquisa. “Quero respirar fundo/ Quero o barulho dos animais/ Quero o canto dos pássaros/ Quero o colorido das flores e das borboletas./ Desmatar é te matar pelas costas, Amazônia”. (Francismar Prestes Leal)