A pandemia do coronavírus gerou imensos estragos econômicos, e isso não é segredo pra ninguém. Foram inúmeros negócios que fecharam, empresas que faliram, desemprego em nível recorde no Brasil, cenário de incerteza... Enfim, vivemos a maior recessão econômica desde a 2ª Guerra Mundial, o que significa justamente que a economia recuou, resultando na queda no nível da produção, queda na renda familiar, redução da taxa de lucro, aumento do número de falências, queda do nível de investimento, entre outros elementos extremamente negativos.
Pensando em formas alternativas de solucionar este grave cenário, muitas autoridades têm pautado a economia verde, você já ouviu falar?
Bom, basicamente a economia verde é um conceito de economia sustentável, que busca alinhar o desenvolvimento com a preservação ambiental, reduzindo os danos causados pelo crescimento econômico. Os seus pilares são: baixa emissão de carbono, eficiência no uso de recursos naturais e busca pela inclusão social. Um exemplo de economia verde está na aplicação da logística reversa, área responsável pelo fluxo reverso dos produtos, através da reciclagem.
O WRI, instituto de pesquisa que transforma grandes ideias em ações para promover a proteção do meio ambiente, em parceria com a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) promoveu um estudo que apontou, em seu resultado, que a recuperação verde, ou seja, a implementação da economia verde como uma forma de solucionar o contexto de recessão econômica no Brasil poderia adicionar R$ 2,8 trilhões ao PIB (Produto Interno Bruto) e gerar 2 milhões de empregos em uma década. Nada mal, não é?
Apesar de gerar muitos benefícios, o conceito de economia verde ainda enfrenta muito preconceito, pois há uma parte da população, baseada no senso comum, que acredita que a sustentabilidade se restringe à preservação do ambiente. Como eu sempre digo, porém, a concepção de “sustentável” é muito mais ampla, e abrange três pilares: a preservação ambiental, o crescimento econômico, e o suprimento das necessidades humanas. Ou seja, leva em conta sim o desenvolvimento.
Em conclusão, vale ressaltar que os principais defensores da adoção da economia verde são organismos internacionais, como a ONU (Organização das Nações Unidas), ambientalistas, cientistas que estudam a mudança climática, organizações da sociedade civil e economistas engajados no tema da sustentabilidade.