Dizer que vivemos novos tempos já é quase frase de fim de papo... Confesso que assumi projetos dentro desse período sem saber como proceder em momentos que eram ditos normais, corriqueiros, que agora se transformam em tempestades quase incontroláveis. Saber ser maleável e voltar atrás em algumas decisões hoje, faz parte do SER síndico. Contornar situações e não entrar em discussões que você sabe não fazerem sentido é ponto certeiro nesse momento.
Em um bate papo rápido com um morador, descobri que ele estava passando o tempo dele contando as pombas e desenhando seus pousos e decolagens, e tudo isso dependia do vento. Para minha surpresa, ouvindo seus contos de aves, acabei por descobrir o motivo que as antenas do prédio viviam saindo da posição. Não era só o vento que as mudava... tinha as batidas dos pombos nela, que eram imperceptíveis do térreo e nítidas do 15º andar. Quando o vento muda, a primeira coisa que a pomba aprende, é corrigir o voo após a decolagem, mesmo depois de bater na antena...
Sermos práticos já não faz mais sentido. Respostas que eram didáticas, hoje são meras palavras e o que temos por convicto, caprichos da melhor idade. Vivemos um momento de imersão em plano de carreira que não tem prazo estipulado de se terminar. Tudo que ouvimos ou vemos são dignos de reflexão.
Imagino um mundo melhor a cada dia onde nossas certezas sejam trocadas por vínculos de fidelidade e assertivas conjuntas e compartilhadas, sendo mais específico, um mundo onde você pode crescer honestamente e não ser alvo de vaidades feridas.
Creio na máxima de que ajudar alguém do seu ramo, é somar e não dividir, e nunca vi um momento mais propício para isso.
Vamos ser coerentes?
