O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, suspendeu a decisão do ministro Marco Aurélio de Mello que concedeu habeas corpus ao traficante e um dos supostos chefes da facção criminosa paulista, André de Oliveira Macedo, o André do Rap. Diante disso, ele deve retornar "imediatamente" para a prisão.
Conforme noticiado por este diário, o investigado deixou a Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, P2 de Presidente Venceslau, na manhã de hoje, acompanhado pelo advogado.
Para o ministro, Macedo estava preso desde o final de 2019 sem uma sentença condenatória definitiva, o que excede o limite de tempo previsto na legislação brasileira.
A defesa de André do Rap informou que depois da saída, ele seguiria para o Guarujá (SP), num endereço fornecido onde poderia ser encontrado.
No entanto, de acordo com o Jornal Nacional, da TV Globo, ele foi seguido por investigadores e, em vez de seguir para o litoral, foi para Maringá (PR), de onde autoridades acreditam que ele fugiu para o Paraguai.
Ao suspender a determinação de seu colega no STF, Fux destacou que a soltura do chefe da facção compromete a ordem pública, e que se trata de uma pessoa "de comprovada altíssima periculosidade".
Ao decidir pela prisão de André do Rap, Fux atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República.
Após a saída de André do Rap da P2 de Venceslau, o governador João Doria (PSDB) de manifestou em suas redes sociais.
Na primeira publicação, ele disse que a decisão do ministro Marco Aurélio Mello causa "perplexidade", sendo o ato "um desrespeito ao trabalho da polícia de SP e uma condescendência inaceitável com criminosos".
Depois de suspendida a decisão de habeas corpus, ele novamente se manifestou ao parabenizar o presidente do STF, oportunidade em que afirmou ter determinado uma "força-tarefa" da polícia de São Paulo para localizar o traficante.
(Roberto Kawasaki, com informações da Folhapress)
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