Uma cotação de preços realizada na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) de Presidente Prudente aponta que, entre as 21 frutas mais consumidas nesta época do ano, 47,6% apresentaram queda nos preços, equivalente a dez itens. Além disso, outros sete aumentaram seus valores e quatro permaneceram estáveis. O balanço foi realizado a partir da comparação entre os dias 9 de novembro e 14 de dezembro, com, aproximadamente, 100 empresas que atuam no entreposto. Com isso, a administração estima que haja um aumento de 20% das vendas e no movimento no local.
Os produtos com maior queda foram a castanha nacional, que reduziu 84,62%, indo de R$ 16,25 para R$ 2,50, a embalagem de 8 quilos; o limão taiti, que foi de R$ 3,10 para R$ 2,23, representando queda de 28,06%; a unidade do abacaxi pérola, que caiu de R$ 3,10 para R$ 2,41, ou seja, -22,26%; e o melão caipira, com -18,50%, indo de R$ 2 para R$ 1,63.
Já os que tiveram aumento mais significativo foram a nectarina nacional, que foi de R$ 1,50 para R$ 2,50 a embalagem de 20 quilos, equivalente a 66,67%; ameixa rubi mel, a embalagem de seis quilos, com majoração de 20,75%, indo de R$ 4 para R$ 4,83; o quilo da lichia, que foi de R$ 7 para R$ 10, que representa 42,86% a mais.
Comerciantes
Em um dos boxes mais tradicionais da Ceagesp, da vendedora Dirce Sugano, as vendas não se apresentaram tão favoráveis neste ano, com um aumento de apenas 20%, se comparado com o ano anterior, tendo em vista que nos anos anteriores as vendas chegavam a dobrar. Ela acredita que baixo poder aquisitivo dos brasileiros, acarretado pela crise econômica, é o principal motivo da menor procura, tendo em vista que os preços dos produtos se mantiveram estáveis.
“As verduras, no geral, sobem 50% nas vendas, pois o pessoal compra muito para fazer saladas no fim do ano. Da mesma forma as frutas, mas é mais o pêssego, uva, melão e a novidade deste ano é a cereja, que caiu o preço”, relata. Além desses, a vendedora também citou o salsão, alho poró, vagem, batata e cebola, como os produtos mais vendidos em seu box.
Atuante há mais de 20 anos no Ceagesp, a vendedora Milene Minca da Silva, estima que haja um aumento de até 50% nas vendas durante esta época do ano, principalmente, na comercialização das frutas. Dentre as mais vendidas, cita o pêssego e a ameixa, que, em sua banca, saem por R$ 35 cada caixa de 5 quilos. Relata que, devido à alta demanda, subiu os preços em geral para cerca de 10%. “Tivemos que fazer pedidos extras para suprir todos os pedidos, esperamos que seja um ano bom”, pontua.
Com uma banca voltada à venda de legumes, o comerciante Josmar Fernandes da Silva, diz que as vendas estão equilibradas, pois notou um aumento de 20% nas vendas, comparado aos dias normais, mas uma queda no mesmo valor, se comparado com o ano anterior. “Os preços não sobem mais do que isso, para manter as vendas. O que mais sai nesse período são a cenoura, repolho e o tomate, que são utilizados nos pratos da ceia”, finaliza.