A revista Veja Negócios apresenta uma matéria na edição de julho, com o título “A anatomia de uma fraude”, baseada no escândalo da Americanas, que de certo modo está conectada a alguns dos casos apresentados no livro “Casos Empresariais: a tomada de decisão na prática”.
Fato é que, independentemente do tamanho, todas as organizações correm o risco de sofrer prejuízos causados por funcionários. Alguns dos fatores que propiciam com que isso aconteça, são: pressão por resultados, processos falhos, falta de controle, conflito de interesses, programas de incentivos mal construídos, cultura organizacional permissiva, entre outros.
Segundo a matéria, no mundo, as empresas perdem por ano cerca de 5% da receita com fraudes de funcionários, o que representa 5 trilhões de dólares. Fraudes financeiras como a da Americanas, onde ocorria a prática sistemática de adulterar os balanços para inflar os números e que teve praticamente todo o alto escalão da empresa envolvido, representam 5% dos casos, mas geram até dez vezes mais perdas do que quaisquer outros crimes.
No entanto, enquanto no resto do mundo a quantidade de empresas que registraram algum caso de fraude entre 2018 a 2022 diminuiu de 49% para 46%, no Brasil esse percentual aumentou de 50% para 62%, um crescimento assustador de 12%.
E o que esses números nos apresentam? Que as empresas precisam cada vez mais aperfeiçoar o seu nível de gestão, com práticas e mecanismos de controle mais eficientes e transparentes.
Fazendo relação com um caso real apresentado no livro, temos uma empresa de ônibus, onde são apresentados indícios de que o gerente de Operações implementou um modelo de conluio em parceria com o coordenador da oficina para que serviços mais complexos e, obviamente, com valores maiores, fossem direcionados para oficinas parceiras em troca do recebimento de comissões por fora. Este caso inclusive foi objeto de debate no episódio 02 do Podcast @CasosEmpresariais, disponível no YouTube.
E Isso me lembra o ditado popular: “onde há fumaça, há fogo”.
E na sua empresa, como está essa questão? Quais medidas podem ser implementadas para minimizar riscos e perdas?