Fraternidade contra a fome (3)

OPINIÃO - Sandro Rogério dos Santos

Data 05/03/2023
Horário 04:20

A Campanha da Fraternidade (CF) 2023 — “Fraternidade e fome”; “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16) — é “um instrumento de comunhão eclesial, de formação das consciências e do comportamento cristão e de edificação de uma verdadeira fraternidade cristã entre os brasileiros” (texto-base, n. 173). A CF 2023, à luz do compromisso de cada cristão com as obras de misericórdia, faz um amplo chamado para que se reverta o flagelo da fome no Brasil propondo ações nos âmbitos pessoal, comunitário e sociopolítico para o combate à fome no Brasil.

Depois de responder à pergunta “o que cada um pode fazer?” –apresentada aqui neste espaço no domingo passado–, o número 167 do texto-base indica “o que nós, como igreja, podemos fazer”: motivar a participação dos fiéis na Coleta Nacional da Solidariedade; fazer um levantamento das pessoas e famílias que passam fome ou alguma necessidade, observando suas condições de vida, buscando entender o que as levou a essa situação, iluminando-as com a Palavra de Deus;  articular os meios de comunicação e as mídias digitais de inspiração católica para divulgar ações inspiradoras que já́ estão sendo feitas para a superação da miséria e da fome; promover rodas de conversa com quem já́ sentiu na própria pele o flagelo da fome; realizar seminários de partilha do que já está sendo feito para combater a fome; acolher, implementar e valorizar iniciativas em favor de uma alimentação saudável e compartilhada, como as hortas comunitárias;

Avaliar os serviços caritativos a partir das seguintes questões: “O pobre é respeitado em sua dignidade? É beneficiário passivo de ajuda? Qual a sua margem de participação e corresponsabilidade? Nesse serviço, há algum resquício de superioridade ou prepotência? Além da ajuda concreta, é feito algum estudo sobre as causas da pobreza neste lugar?”; realizar encontros com os agentes das mais diversas pastorais sobre a relação Eucaristia e fome; envolver-se em iniciativas ecumênicas e inter-religiosas que visam à superação da miséria e da fome, e à promoção da agricultura familiar agroecológica; levar pessoas e grupos religiosos para realizar ações concretas em áreas de exclusão; planejar o Dia Mundial dos Pobres (no 33º Domingo do Tempo Comum); educar para a solidariedade permanente e não apenas para a ocasional; manter as portas das igrejas abertas para o acolhimento imediato e o cuidado sistêmico dos mais pobres e necessitados.

As ações propostas visam a um novo modo de ser e estar como pessoas – cidadãs e cristãs – no meio do mundo, correspondendo às necessidades que urgem.

Seja bom o seu dia e abençoada a sua vida. Pax!!!

 

 

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