nfecções graves em pacientes oncológicos podem ser uma consequência do tratamento. Fato que motivou amplo debate sobre o assunto no Ignite Forum 2022, realizado em Madri, na Espanha. Nos três primeiros dias deste mês de dezembro estiveram reunidos cerca de 200 médicos de vários países. Dentre eles, cinco hemato-oncologistas brasileiros de diferentes Estados, sendo um de Presidente Prudente: Luiz Euribel Prestes Carneiro, pesquisador vinculado à Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) e ao ambulatório de imunologia do HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo.
Conforme Euribel, Prudente é um grande centro médico e o HR concentra boa parte desses profissionais e pacientes, incluindo a importante condição de possuir laboratório nessa área médica. “Um grande objetivo é trazer esses conhecimentos para o HR, em um modelo semelhante ao que foi feito no Hospital Clínico São Carlos de Madri, pela Dra. Silvia Sanches-Ramón, imunologista e docente da Faculdade de Medicina de Madri, uma das coordenadoras do evento, que se propôs a nos ajudar”, conta o Euribel que á professor na Faculdade de Medicina da Unoeste.
Também é professor no mestrado em ciências da saúde; e mestrado e doutorado em meio ambiente e desenvolvimento regional, que abrigam o Prointer Saúde, pelo Programa de Pesquisa Interdisciplinar. O evento em Madri consistiu em treinamento para diagnóstico e tratamento de pacientes oncológicos tratados com drogas imunossupressoras que evoluem com imunodeficiência secundaria; infeções graves e morte. “Diagnosticar e tratar com antibióticos profiláticos ou imunoglobulina pode representar a sobrevida desses pacientes”, explica.
“Por ser um hospital terciário de referência, o HR recebe muitos pacientes com doenças hematológicas, oncológicas, reumatológicas e dermatológicas; entre outras, usando imunossupressores biológicos ou quimioterápicos. A ideia é adotar esses protocolos de triagem que são simples e baratos para as diferentes especialidades”, diz em relação ao que vem sendo feito há alguns anos pela Dra. Silvia; também diretora do departamento de imunologia do Hospital Mayor de Madri, onde os cuidados especiais no tratamento têm resultado em grande sucesso.
Tratamento precoce
“Pacientes portadores de certos tipos de câncer, especialmente os tumores sólidos como os linfomas ou não sólidos como as leucemias ou ainda, aqueles transplantados de medula óssea, são tratados com medicamentos cada vez mais específicos e eficientes no controle ou mesmo na cura da doença; no entanto, podem produzir um quadro de imunossupressão transitória ou permanente levando a quadros infecciosos graves. Em alguns tumores, as infecções representam 50% da causa de morte do paciente, portanto, devem ser diagnosticadas e tratadas precocemente”, explica.
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