Aproxima-se o réveillon e, como de costume, um leque grande de pessoas investe na compra de fogos de artifício para festejar a virada do ano. Para saber a quantas anda a comercialização destes produtos em Presidente Prudente, a reportagem consultou três estabelecimentos do ramo e o veredito dos lojistas foi o mesmo: a época é o ponto alto do mercado e os rojões luminosos são a escolha principal da clientela.
“O ano vinha de arrasto, muito parado e, mesmo com algumas limitações, o aumento neste período é o mais significativo”, relata o proprietário da Casa de Fogos São João, Carlos Magno Rabello. “Não se fala em um aumento percentual, porque se você está vendendo zero e passa a vender 10, então, o aumento é muito bom, sim”. Carlos complementa que, além de 100% de alta nas vendas, 95% dos itens comercializados são os fogos de cores.
A proprietária da Fogos & Cia., Cristiane Bertasso, confidencia que o aumento das vendas dos fogos de efeitos visuais parte de uma mudança em relação ao cenário de adequação à queima dos artefatos pirotécnicos, já que em julho deste ano, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), sancionou a Lei 17.389/202, que proíbe a queima, soltura, comercialização, armazenamento e transporte de fogos de artifício e de artefatos de estampido no Estado. A medida prevê que a proibição se aplica a recintos fechados, ambientes abertos, áreas públicas e locais privados. Fogos que produzem efeitos visuais sem estampidos podem continuar a serem utilizados e comercializados
Porém, tanto para Cristiane quanto para Carlos, é impossível se falar em fogos de artifício silenciosos. O dono da Casa de Fogos São João é direto. “Pode escrever em letra maiúscula: não existe fogos silenciosos. É uma falácia, inventada. Todo rojão faz barulho por conta da detonação, o que tem acontecido é que a indústria está se adaptando a produzir artefatos com menos ruído”, pontua. A proprietária da Fogos & Cia vai por uma linha de raciocínio parecida e, assim como Carlos, pontua que “bolinhas de fogo, vulcões e árvores de Natal pirotécnicas” são os artefatos que emitem menos ruído.
O 1º-tenente do 14º Grupamento de Bombeiros, em Presidente Prudente, Evandro Avanço, realça o alerta para os cuidados a serem tomados no manejo dos fogos de artifício. Ele considera que é importante adquirir os artefatos em lojas autorizadas, “evitando, assim, comprar produtos falsificados e de má qualidade”.
Abaixo seguem as considerações do Corpo de Bombeiros para a utilização de rojões:
- Ler o manual de instruções de uso dos fogos de artifícios que vem na embalagem do produto;
- Jamais soltar os fogos em locais fechados, próximo a bueiros, casas, veículos e pessoas (procure um local seguro e isolado);
- Jamais reutilizar os fogos que por algum motivo ou outro tenham apresentado falha;
- No momento do uso, é importante usar um suporte para amparar os rojões, evitando segurar nas mãos;
Por fim, quanto ao último ponto, Evandro pontua que, muitas vezes, o suporte vem com o próprio material, porém, caso não venha, a pessoa pode utilizar um tijolo de oito furos para acondicionar o artefato.
