O governo do Estado de São Paulo anunciou nesta quinta-feira a flexibilização do uso de máscaras em todos os ambientes, com exceção para alguns locais e setores. O uso agora tornou-se opcional em ambientes como escritórios, comércios, salas de aula, academias, entre outros. A flexibilização em ambientes abertos já havia sido autorizada pelo governador no último dia 9. Na região de Presidente Prudente, entidades voltadas à educação dividem opiniões a respeito da decisão.
O coordenador regional da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial Estado de São Paulo), William Hugo Correa dos Santos, aponta que acompanha a situação de alguns países que suspenderam o uso de máscara em ambiente fechado, dos quais, inclusive, é possível observar a “presença de um número elevado de contaminados internados”, mesmo aqueles já vacinados.
“Nós não apoiamos o fim do uso da máscara nas escolas. É uma incoerência, uma vez que alunos e professores pegam o transporte público para irem até à escola. Ou seja, no transporte há obrigação, mas na escola não?”, questiona o coordenador regional da Apeoesp, uma vez que a medida de flexibilização do uso de máscaras tem como exceção o transporte público e hospitais.
Ainda segundo William, a medida gera uma sensação de insegurança, principalmente entre os profissionais da educação, uma vez que, mesmo com o uso do EPI (equipamento de proteção individual), estavam sendo infectados pelo novo coronavírus. “Temos uma insegurança em relação à medida. Não somos críticos, mas temos uma visão de que isso pode aumentar ainda mais o número de pessoas contaminadas, podendo até gerar a hospitalização, mesmo entre aquelas com o ciclo vacinal completo”, enfatiza.
A Apeoesp, conforme pontua o coordenador regional, recomenda a continuidade do uso de máscara aos profissionais da educação. Contudo, considera a medida opcional.
A presidente do Sintrapp (Sindicato dos Servidores Municipais de Presidente Prudente e Região), Luciana Telles, detalha que vê a medida anunciada pelo Estado com muita preocupação. “Nós entendemos que ainda não é o momento ideal para a flexibilização do uso de máscara nas escolas”, pontua a sindicalista da entidade, que representa a educação municipal em Presidente Prudente. “Por isso, recomendamos que os professores continuem se protegendo, usando máscara, álcool em gel, além de manter o distanciamento social, quando possível”, acrescenta.
O presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Presidente Prudente e Região, Antonio Batista Grosso, em seu turno, explica que a categoria concorda com a decisão do Estado, uma vez que as unidades vinculadas ao órgão estão seguindo à risca as medidas de prevenção contra o novo coronavírus anunciadas pelo governo. “Nós – das escolas particulares – consideramos a medida favorável. Inclusive, esperávamos que ocorresse até o final de março, contudo, ocorreu antecipadamente”, detalha.
Antonio também reforça que, durante todo o período de pandemia, “as escolas particulares não registraram problemas”, uma vez que seguiram todas as normas definidas por lei, como a recente medida anunciada pelo Estado, “que não obriga ninguém a usar máscara ou tirá-la”, com exceção para alguns espaços. A recomendação para o uso do EPI, segundo ele, é opcional, ou seja, o aluno ou professor pode ou não continuar fazendo o uso de máscara nas instituições de ensino.
O sindicato orienta para que todas as escolas sigam a legislação. Além disso, reforça que os protocolos de prevenção à Covid-19, como aferição de temperatura, desinfecção em tapetes sanitizante, uso de álcool em gel, entre outros, continuam sendo essenciais e devem ser utilizados por todos.
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