Na condição de mais recente ex-prefeito, Nelson Bugalho foi questionado pelo Plantão sobre a situação das finanças de Prudente e a nova gestão municipal que será iniciada em 1º de janeiro pelo prefeito eleito Milton Carlos de Mello, “Tupã” (Republicanos).
REALIDADE DIFERENTE
Para o ex-prefeito, a realidade que Tupã irá encontrar agora é muito diferente das suas duas gestões. “Na verdade, ele já sentiu um pouco no final do seu segundo mandato, pois a arrecadação não acompanhou o ritmo das despesas desde 2015”, pontua.
DÍVIDA BILIONÁRIA
Acha que no último ano do seu segundo mandato, Tupã começou a pagar a dívida bilionária com a Prudenprev – a previdência dos servidores municipais; que vê como herança para muitos prefeitos ainda.
TORNEIRA FECHADA
Bugalho conta que quando assumiu a Prefeitura para o mandato de quatro anos, o governo federal também deixou de fazer repasses para o programa Cidadescola. Foram feitos os repasses em seu 1º ano de governo, em 2017, e depois parou completamente.
RECURSOS PRÓPRIOS
Foi dada continuidade ao projeto de educação integral e integrada Cidadescola exclusivamente com recursos próprios, incluindo a criação do Inova Kids, em parceria com a Fundação Inova Prudente, para anteder as crianças.
MILHÕES MENSAIS
Para Bugalho, outro aspecto difícil será o subsídio ao transporte público, que nunca tinha existido. Diz que foi criado pelo atual prefeito Ed Thomas (MDB) com gastos de milhões mensais e que não melhorou; deixando um grande desafio para Tupã.
DESPESAS ALTAS
Vê a saúde como outra realidade diferente. Desde que inaugurou a UPA Zona Norte, teve grande aumento com despesas. Comenta que a Unidade de Pronto Atendimento, devidamente equipada, exigiu muito esforço e contratação de mais de 100 profissionais.
LICENÇA AMBIENTAL
Outra questão importante, diz ser a cara manutenção da Cidade da Criança. “Queríamos que a iniciativa privada assumisse e, por isso, passamos mais de 3 anos para regularizar a situação, com a obtenção da licença ambiental, pois foi construída sem licença”, diz.
PODERÁ RETOMAR
“Nenhum empresário assumirá a Cidade da Criança sem que esteja regularizada. Ocorre que, pelo que estou sabendo, o governo Ed não cumpriu exigências da licença, que eram simples. Agora, talvez, o Tupã vai ter que retomar isso de novo”, estima.
PEQUENA E INJUSTA
Outro aspecto apontado pelo ex-prefeito como negativo para as finanças de Presidente Prudente é a arrecadação do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), que considera como pequena e injusta.
GOSTO POPULAR
Bugalho conta que tentou ajustar a arrecadação do imposto, mas que a Câmara de Vereadores não aprovou. “Pois, não aprovam nada que não seja ´popular´, ainda que seja sacrificante para a cidade”, critica.
TEM CONFIANÇA
Enfim, o último ex-prefeito enxerga a realidade da Prefeitura de Prudente como sendo muito diferente das gestões anteriores do atual prefeito eleito, mas diz ter certeza que Tupã conseguirá superar as dificuldades.