O ano de 2015 para o cantor e compositor gaúcho, Filipe Catto de 27 anos, foi de grandes realizações e conquistas, conforme ele mesmo expõe em suas páginas nas redes sociais. Contemplado pelo edital Natura Musical ele lançou pela Agência de Música seu segundo álbum da carreira, intitulado "Tomada", - produzido por Kassin, o disco traz composições do artista, como "Dias e Noites", e parcerias importantes com Moska ("Depois de Amanhã") e Pedro Luis ("Adorador"), além de outros nomes como Marina Lima ("Partiu") e releituras como "Amor Mais que Discreto".
A turnê de shows deve seguir até o final de 2017 por todo o país. "Fiquei muito tempo na estrada, e gosto de ter tempo, tranquilidade para fazer bem as coisas... gosto de ter opção para escolher e escolhi um repertório com músicas que tocavam de primeira no coração. Esse disco não é nada prolixo, ele é direto. Está lindo!", exclama o cantor.
Emanuelle, Arnaldo Antunes e Filipe Catto durante homenagem à cantora Cássia Eller
Filipe Catto explica que o título de seu novo projeto já mostra suas intenções nesse trabalho: To.ma.da. 1. Ato ou efeito de tomar. 2. Ato ou efeito de se apoderar de algo. 3. Conquista.
"Busco nele toda a minha essência, dos sons e de temas. E consegui tudo que eu queria, abrir o coração para receber as pessoas. Apesar do disco vir com vários compositores é o mais pessoal, ou seja, o que mais me exponho. Com a experiência do Kassin, focado nas canções fui capaz de transitar por vários gêneros, e demonstrar sentimentos" destaca.
Ele revela que depois de "Fôlego" (Universal, 2011), álbum precedido pelo EP independente "Saga" (2009) e pelo CD e DVD ao vivo "Entre Cabelos, Olhos e Furacões" (Universal, 2013), vendo a expectativa criada em torno dele se perguntava o que poderia trazer de novo num segundo disco.
Música brasileira
Filipe Catto diz que em qualquer época existiram fenômenos de massa ocorrendo no mundo e na música sente falta disso hoje. Mas, "aos poucos minha geração está conseguindo entrar, criando e solidificando seu trabalho... O que está sendo feito de importante na música brasileira não está sendo divulgado... mas, por um lado o mercado está melhor... a febres passam, a música fica", denota.
E ele faz isso em "Tomada". Sem aproveitar sobras ou qualquer ideia de trabalhos anteriores, fez um repertório com a meta de excelência em mente. "Queria me conectar com artistas que contribuíram em minha formação musical, de PJ Harvey a Cássia Eller, de Radiohead a Jeff Buckley. No entanto, nenhuma dessas referências é tão perceptível nas soluções musicais do disco. O vínculo com meu ídolos está mais na intenção de não fugir da emoção", frisa e complementa.
"Adoro a música brasileira exatamente por estar acima de qualquer gênero , com pessoas muito intensas que se entregam para a música miscigenada, que é nossa característica. Somos muitas coisas, temos multiculturas... as músicas do disco é algo mais linear sim, tem mais uma questão de álbum, onde transformamos tudo no meu gênero... o que faço é isso... O DVD foi para me apresentar agora queria me consolidar e mostrar minha língua!, enfatiza
Sonho realizado
Voltando aos sonhos realizados por Filipe, em 2015 ele subiu ao palco Sunset do Rock In Rio para homenagear Cassia Eller, que segundo ele foi uma das artistas que mais o influenciou em sua vida. Ele expôs em sua página no facebook: "Sempre tive uma devoção absoluta por sua música e personalidade. Seus discos eram pra mim o que havia de mais underground no mundo naqueles longínquos anos 90. Amo Cassia Eller e fazer essa homenagem ao lado de Arnaldo Antunes, Emanuelle, Julia Vargas, Nação, Zelia, Martnalia, Lan Lan, Fernando Nunes e Nando Reis foi incrível!", exclama.
Ele também sempre quis cantar frente a uma orquestra e isso aconteceu mais uma vez no ano passado a convite da Fundação Clovis Salgado. "Foi incrível poder cantar meu repertório com estes músicos maravilhosos da orquestra e do Coral Lírico com a regência do grande Roberto Tibiriçá no Palácio das Artes!", enfatiza Filipe Catto.