Já dizia o velho ditado: “Se o campo não planta, a cidade não janta”. Pequenos, médios e grandes produtores trabalham diariamente sob sol e chuva para fazer os grãos, a carne, as frutas e as verduras chegarem frescos nas cidades. Eles passam parte de sua vida no campo, preparando o solo, manejando as pragas e doenças nas lavouras. Produzem diversas culturas, geralmente com mão de obra familiar e pouca tecnologia. Um trabalho árduo para alimentar a sociedade brasileira. Mas pouco valorizado.
Justamente com este intuito, divulgar e vender o que é produzido por aqui, algumas cidades da região têm colaborado com o setor e investido em eventos que, mais do que uma simples feira, oferecem diversão e cultura.
Em Pirapozinho, a Feira do Produtor Rural teve início no último domingo, na Praça Padre Hilário Pierick, onde fica a Igreja Matriz de São João Batista, no centro. No local, no período da manhã, 20 agricultores comercializaram frutas, legumes, verduras, e ainda queijos e derivados, mel, doces e pimentas, tudo livre de agrotóxicos. Famílias inteiras eram vistas andando pela praça, ora comprando, ora passeando, se divertindo e ouvindo uma boa música.
O evento, que conta com apoio da Prefeitura, é uma das atividades práticas do curso para produtores rurais oferecidos pelo Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). E, com o sucesso do primeiro dia, continuará sendo realizado na cidade, das 8h às 11h, após a missa. Além das atrações musicais (artistas locais acabam divulgando seu trabalho na feira), uma entidade do município, a cada domingo, também estará presente na praça de alimentação, tendo os valores arrecadados com as vendas, revertidos para manutenção dos projetos desenvolvidos.
Da mesma forma, Santo Anastácio realizou ontem à noite a 1ª Feira do Produtor Rural, na Praça Ataliba Leonel. Na ocasião, seis produtores - que também participaram do curso de capacitação do Senar - colocaram à mostra seus produtos em barracas personalizadas. A partir da próxima semana, com atrações também para crianças, além de música, dança e praça de alimentação, o evento passa a ocorrer às quartas-feiras, das 17h às 22h.
Não restam dúvidas. Feiras como essas valorizam o que é preciso: a produção local! São importantes para que os munícipes conheçam um pouco mais do que é cultivado e produzido por aqui. Além de enaltecer o trabalho dos feirantes, aqueles que produzem e comercializam o alimento que vão para a mesa das pessoas, de ser um novo meio para complementação da renda dos produtores, beneficiam ainda os consumidores, que têm a oportunidade de adquirir alimentos saudáveis e fresquinhos por valores bem acessíveis. Vamos à feira?