Duas vezes ao mês, artesãos de Presidente Prudente se reúnem na Praça Nove de Julho, no calçadão da Rua Tenente Nicolau Maffei, para expor e comercializar seus produtos. A Feira do Artesanato, que já tem se tornado uma tradição na cidade, é fruto de um termo de cooperação entre a Prefeitura e a Sutaco (Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades), autarquia vinculada à Sert (Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo), com o objetivo de viabilizar geração de renda aos artesãos e fomentar o desenvolvimento local, conforme explica a agente de cooperação, Célia dos Santos. Segundo ela, atualmente o município conta com mais de 150 profissionais cadastrados, que ganham até mesmo a carteira de identidade do artesão para comprovar o seu ofício.
É o caso da artesã Mafalda Aparecida Menosse, que transformou a atividade em sua principal fonte de renda. Ela explica que, após desenvolver um problema de saúde, seu médico receitou que adotasse algum hobby para higiene mental. O que deveria ser uma terapia ocupacional passou a ganhar espaço na rotina de Mafalda, que é contabilista por formação, mas resolveu se dedicar inteiramente ao artesanato. Entre suas principais mercadorias, estão bolsas, nécessaires, carteiras e acessórios femininos. “O diferencial do meu trabalho é que me preocupo com a qualidade dos tecidos utilizados e acabamento do produto. Tudo ofertado a um preço razoável”, comenta.
Quem também tirou a manhã de ontem para montar sua banca na praça foi a artesã Alice Silva Monteiro, 71 anos, que expôs tapetes, toalhas e jogos de banheiro. Ela relata que aprendeu a fazer artesanato sozinha e, desde então, a atividade a acompanha há anos. “As pessoas já me conhecem, porque além de participar aqui no calçadão, também tenho um ponto fixo na feira da Manoel Goulart”, destaca.
E engana-se quem pensa que o artesanato deixou de ser valorizado pelos fregueses. Exemplo disso é a aposentada Antônia Aguiar, 73 anos, que afirma gostar de artesanato por natureza. Ela aproveitou para dar uma olhada nos produtos que chamaram a sua atenção e ficou satisfeita com os preços. “São justos, considerando que há todo o trabalho e carinho do artesão por trás da mercadoria”, pontua.