Feira garante renda a artesãos prudentinos

PRUDENTE - ANDRÉ ESTEVES

Data 29/04/2018
Horário 09:41
Marcio Oliveira, Feira do Artesanato é realizada duas vezes ao mês na praça
Marcio Oliveira, Feira do Artesanato é realizada duas vezes ao mês na praça

Duas vezes ao mês, artesãos de Presidente Prudente se reúnem na Praça Nove de Julho, no calçadão da Rua Tenente Nicolau Maffei, para expor e comercializar seus produtos. A Feira do Artesanato, que já tem se tornado uma tradição na cidade, é fruto de um termo de cooperação entre a Prefeitura e a Sutaco (Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades), autarquia vinculada à Sert (Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo), com o objetivo de viabilizar geração de renda aos artesãos e fomentar o desenvolvimento local, conforme explica a agente de cooperação, Célia dos Santos. Segundo ela, atualmente o município conta com mais de 150 profissionais cadastrados, que ganham até mesmo a carteira de identidade do artesão para comprovar o seu ofício.

É o caso da artesã Mafalda Aparecida Menosse, que transformou a atividade em sua principal fonte de renda. Ela explica que, após desenvolver um problema de saúde, seu médico receitou que adotasse algum hobby para higiene mental. O que deveria ser uma terapia ocupacional passou a ganhar espaço na rotina de Mafalda, que é contabilista por formação, mas resolveu se dedicar inteiramente ao artesanato. Entre suas principais mercadorias, estão bolsas, nécessaires, carteiras e acessórios femininos. “O diferencial do meu trabalho é que me preocupo com a qualidade dos tecidos utilizados e acabamento do produto. Tudo ofertado a um preço razoável”, comenta.

Quem também tirou a manhã de ontem para montar sua banca na praça foi a artesã Alice Silva Monteiro, 71 anos, que expôs tapetes, toalhas e jogos de banheiro. Ela relata que aprendeu a fazer artesanato sozinha e, desde então, a atividade a acompanha há anos. “As pessoas já me conhecem, porque além de participar aqui no calçadão, também tenho um ponto fixo na feira da Manoel Goulart”, destaca.

E engana-se quem pensa que o artesanato deixou de ser valorizado pelos fregueses. Exemplo disso é a aposentada Antônia Aguiar, 73 anos, que afirma gostar de artesanato por natureza. Ela aproveitou para dar uma olhada nos produtos que chamaram a sua atenção e ficou satisfeita com os preços. “São justos, considerando que há todo o trabalho e carinho do artesão por trás da mercadoria”, pontua.

 

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