Junto com a dengue, que também é causada pela picada de um mosquito transmissor infectado, e já registra mais de 4,1 milhões de casos e mais de 2 mil mortes em todo país somente neste ano, a febre amarela volta a ocupar espaço na mídia, inclusive nas páginas deste jornal, e tem sido motivo de preocupação entre as autoridades de Saúde.
Nos últimos seis meses, quatro casos da doença foram registrados no país – um em Roraima, um no Amazonas e dois em São Paulo. Desse total, três pacientes morreram. Os dois casos mais recentes foram identificados em um homem de 50 anos, morador da região entre Águas de Lindóia e Monte Sião, que morreu; e em outro, de 28 anos, no município de Serra Grande, que já está curado.
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de rápida evolução e elevada letalidade nas suas formas mais graves. Apresenta sintomas como febre súbita, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo, náuseas, vômitos e fraqueza. E tem dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano.
O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. Em áreas de mata, os principais vetores são os mosquitos Haemagogus e Sabethes. Já nas áreas urbanas, o vetor do vírus é o velho e conhecido Aedes aegypti. Porém, há como evitá-la. A doença é facilmente evitável por meio da vacina disponível o ano todo no SUS (Sistema Único de Saúde) para todas as idades.
A cobertura vacinal contra a febre amarela, em diversas partes do país, no entanto, está abaixo do recomendado. Em todo o Estado de São Paulo, até o último dia 22, a taxa de vacinados era de 68,47%. Isso é inaceitável, pois se imunizar é o mínimo que cada um pode fazer, pensando na sua saúde e na do próximo. A vacina é segura e eficaz.
Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida. Quem reside nas áreas com recomendação da vacinação contra febre amarela e pessoas com viagens marcadas para esses locais devem imunizar-se pelo menos dez dias antes.
Em Presidente Prudente, a vacinação ocorre desde 1985. O último registro da doença na cidade foi em 1942. Para que o município continue assim, livre do vírus, é de suma importância que as pessoas se conscientizem e procurem a unidade de saúde mais próxima de sua residência, para se informar e se prevenir, se for o caso. Depois de imunizado, você estará protegido por toda a vida.
Aproveite o alerta, para manter também sua casa e quintal limpos, não acumule água parada. Faça o uso de repelentes. Combater o Aedes é uma ótima maneira de diminuir ainda mais o risco não só da febre amarela, mas também de outras doenças.