FCT/Unesp celebra 65 anos de tradição e excelência educacional 

Faculdade de Ciências e Tecnologia de Presidente Prudente comemora seu sexagésimo quinto aniversário nesta sexta-feira (3)

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 03/05/2024
Horário 05:02
Foto: Cedida
Reitor da Unesp, professor Dr. Pasqual Barretti
Reitor da Unesp, professor Dr. Pasqual Barretti

A FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista), campus de Presidente Prudente, completa 65 anos nesta sexta-feira (3) e preparou uma cerimônia de comemoração para toda a comunidade, a partir das 16h30, no Teatro Paulo Roberto Lisboa, localizado no Centro Cultural Matarazzo. 

A mesa de abertura do evento será composta pelo reitor e vice-reitora da Unesp, professor Dr. Pasqual Barretti e professora Dra. Maysa Furlan; pelo Proec (Pró-reitor de Extensão Universitária e Cultura) da Unesp, professor Dr. Raul Borges Guimarães; pelo Secretário Geral da Unesp, professor Dr. Erivaldo Antonio da Silva; e pela Direção da FCT, professores Dra. Cristina Baron e Dr. Ricardo Pires de Paula. 

A programação conta com o anúncio de três docentes que receberão o título de professores eméritos e três servidores homenageados. São eles: professor Dr. Eliseu Savério Sposito, do Departamento de Geografia; professor Dr. Homero Marques Gomes, do Departamento de Química e Bioquímica; professor Dr. José Carlos Silva Camargo Filho, do Departamento de Fisioterapia; José Vicente Ribeiro, assistente operacional II; Mara Lúcia Ascenço Dedubiani, servidora da Divisão Técnica Administrativa, que atualmente presta serviços junto à DTI (Diretoria Técnica de Informática); e Flora Hideko Sato, supervisora da Staepe (Seção de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão). Também haverá o anúncio das autoridades que estarão presentes e uma apresentação artística. 

Outro destaque na celebração deste aniversário de 65 anos é a apresentação da nova identidade visual para a FCT/Unesp. 

O projeto foi orientado pela professora Dra. Fernanda Henriques, a Ferdi, diretora da Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design (FAAC) da Unesp, campus de Bauru, e contou com a realização de Guilherme Contini, doutorando em Design, e Bárbara Belini, graduanda em Design. 

Segundo Ferdi, quando se pensa em uma identidade visual, há o símbolo, logotipo e todos os elementos, acessórios, cores e padrões, tudo que será utilizado para ancorar essa ação, para que as pessoas já identifiquem o que é a empresa, o serviço ou o produto, nesse caso a faculdade. “Queríamos fazer algo que tivesse uma cara humanizada, de ciências, de um espaço de aprendizagem e pesquisa, mas que também tivesse uma certa jovialidade, como é a faculdade e como são os cursos”.

As novas cores da identidade visual da FCT foram escolhidas como uma forma de representar as três áreas do conhecimento, que estão presentes nos 12 cursos de graduação da faculdade. São elas: azul (Ciências Exatas e da Terra, Ciências de Engenharia e Tecnologia), vermelho (Ciências Humanas, Linguagem e Arte e Ciências Socialmente Aplicadas) e verde (Ciências da Saúde e Ciências Biológicas). 

“Começamos com esses padrões gráficos, pensando no modernismo e em algo mais brasileiro, tendo a ver também com as cores quentes que tem no campus, como o pôr do sol, a mata e o verde, que é bem intenso. Então, pelo poder do design, nomeamos e damos forma para que isso seja transformado em algo na memória das pessoas. E que isso possa fortalecer toda a celebração dos 65 anos da faculdade”, completou Fernanda. 

História

Nesta data especial, são celebradas realizações, a excelência e o compromisso desde a fundação da universidade em 1957, ainda como a antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Presidente Prudente (FFCL), conhecida também como Fafi, e que iniciou as atividades como um dos Institutos Isolados de Ensino Superior do Estado de São Paulo, com os cursos de Geografia e Pedagogia. 

Inicialmente, foram estabelecidas instalações temporárias, que serviram por uma década até a inauguração do atual prédio, localizado à rua Roberto Simonsen, nas proximidades do Parque do Povo. Durante esse período, surgiram outros cursos, como Matemática, Ciências Sociais, Licenciatura em Ciências e Estudos Sociais. 

De 1976 a 1988, a unidade adotou o nome de Ipea (Instituto de Planejamento e Estudos Ambientais), como parte da recém-formada Unesp. Porém, apenas em 1989 foi oficialmente nomeada como a Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Unesp. 

São 16.360 graduados desde a primeira turma formada em 1962 até 2023. Em 2024, a universidade possui 2.300 alunos matriculados nos 12 cursos de graduação (Arquitetura e Urbanismo, Ciências da Computação, Educação Física, Engenharia Ambiental, Engenharia Cartográfica e de Agrimensura, Estatística, Física, Fisioterapia, Geografia, Matemática, Pedagogia e Química) e 1.129 alunos nos 11 programas de pós-graduação stricto sensu (Ciências da Computação, Ciências Cartográficas, Ciências do Movimento, Ciência e Tecnologia de Materiais, Educação, Educação Física, Educação Inclusiva, Ensino de Física, Geografia Acadêmico, Geografia Profissional e Matemática Aplicada e Computacional) e nos dois cursos lato sensu (Especialização e o Programa de Residência em Fisioterapia). 

A FCT ainda conta, atualmente, com um corpo docente de 190 professores, 2 pesquisadores, 162 servidores técnico-administrativos e mais de 70 grupos de pesquisa cadastrados no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, divididos em 19 áreas, sendo o Grupo de Pesquisa Produção do Espaço e Redefinições Regionais (GAsPERR), o mais antigo da instituição, formado em 1993. 

O campus de Presidente Prudente também se destaca por sua infraestrutura que inclui moradia estudantil, ambulatório médico e fisioterapêutico, CCI (Centro de Convivência Infantil), laboratórios de ensino e pesquisa, centro de ciências, RU (Restaurante Universitário), estação meteorológica, auditórios, anfiteatros, cantinas, complexo esportivo com ginásio coberto, campos de futebol, pista de atletismo, piscina, quadras poliesportivas e academia. 

Além disso, a faculdade abriga dois museus abertos à comunidade. O Cemaarq (Centro de Museologia, Antropologia e Arqueologia), localizado no próprio campus, é responsável pela conservação, exposição e pesquisa de artesanato indígena contemporâneo, principalmente brasileiro.

Já o MAR (Museu de Arqueologia Regional), situado no Núcleo Morumbi, trabalha com pesquisa, exposição e conservação de artefatos pré-históricos de grupos indígenas, como Guarani, Kaingang e Kaiapó. 

A Biblioteca Professor Dióres Santos Abreu é outro importante destaque de estrutura da FCT Unesp, integrando a Rede de Bibliotecas da Unesp em todo o estado de São Paulo, com um vasto acervo bibliográfico de aproximadamente 280.247 publicações, incluindo livros, periódicos, teses, mapas e coleções, além de mais de 440.000 recursos digitais disponíveis via portal Capes e via assinatura da CGB (Coordenadoria Geral de Bibliotecas) para toda a comunidade.  

No campo cultural, a FCT/Unesp promove a cultura a partir do CAC (Comitê de Ação Cultural), envolvendo a comunidade acadêmica, agentes culturais públicos e outros setores da sociedade. “O comitê é composto por docentes, funcionários e estudantes. O CAC busca estimular a participação e a realização de eventos culturais, fundamentais para a formação humanista dos estudantes”, explica o vice-diretor, professor Dr. Ricardo Pires de Paula.

Segundo a diretora da FCT, professora Dra. Cristina Baron, além do ensino e da pesquisa, a relação da FCT com a comunidade é um dos principais objetivos de trabalho, com foco na ampliação das ações extensionistas realizadas. “Há tempos que a universidade deixou de se ver como uma ilha afastada da sociedade. A universidade integra a sociedade e precisa também pensar em soluções nas várias esferas de atuação”.

Ser unespiano

Para a egressa em Geografia, Jucimara Voltareli, “estudar na Unesp foi importante para mim porque além da universidade ser referência do conhecimento científico na minha área, é um lugar que repercute na minha vida até hoje, com relação à riqueza das vivências que tive por ser um local plural e possível de entrarmos em contato com um grande hall de diversidade”. 

Segundo Frederico Gambardella de Moraes, também egresso em Geografia, o curso trouxe respeito em muitas oportunidades pela universidade pública e amizades com alunos e funcionários pelo tempo que esteve na graduação e mestrado. “Parabéns a esse sexagenário quinto aniversário e a todos que compuseram seus quadros humanos, sejam alunos, professores, funcionários administrativos, dentre outros. Todos têm sua parcela de contribuição para o que hoje é a Faculdade de Ciências e Tecnologia”. 

Leonardo Almeida é egresso de Matemática pela FCT e atualmente é mestrando em Educação. Para ele, um estudante unespiano tem a oportunidade de ter uma formação integral durante o período da vida acadêmica. “A Unesp permite que tenhamos contato com as mais diferentes pessoas e situações que nos tiram de ‘nossa bolha’ e fazem que enxerguemos outros pontos de vistas. Sendo assim, acredito que não só cada indivíduo, que aqui passa e se permite viver essa realidade, ganha com a Unesp, mas toda a sociedade em geral, principalmente a nossa cidade”.

A aluna do 3º ano do curso de Química, Isabela Zago de Carvalho, conta que a FCT abriu portas extraordinárias em sua vida acadêmica. “A FCT me ensinou a ter resiliência e plantou um sentimento de pertencimento muito grande na nossa comunidade. Sou eternamente grata por isso”. 

Lucas Modesto Martin, aluno do 2º ano de Pedagogia, concorda com Isabela. Ele explica que ainda é “surreal” estar no meio acadêmico e cursando algo de que sempre gostou desde pequeno, e que toda vez que entra pelos portões do campus, o sentimento é de pertencimento, felicidade e honra de estar na FCT. 

“Estar na universidade pública é um ato político e ela existir é um ato político. 

Lutarmos para que ela permaneça existente e justa deveria ser algo básico para todos nós que buscamos uma oportunidade de melhorar nossa vida, de aprender e de ensinar também. Educação não transforma o mundo, ela muda as pessoas, e as pessoas transformam o mundo. Não é apenas vir para as aulas e assistir, mas ser cativado pelo eros do aprendizado, e compartilhar do mesmo entusiasmo pelo ensino gratuito e de qualidade com o mundo”, conta Lucas.

Segundo a aluna do 1º ano de Fisioterapia, Cristina Aparecida Santos, “no pouco tempo em que estou morando em Presidente Prudente e cursando a universidade, já pude perceber que a FCT tem uma conexão com a comunidade, incluindo o atendimento ao público e pesquisas de campo. Trabalhos como os realizados no Ceafir agregam muito à comunidade e a população só tem a ganhar com eles”.

(Com Assessoria de Imprensa FCT/Unesp Prudente)

Fotos: Cedidas

Vice-reitora da Unesp, professora Dra. Maysa Furlan

Frederico Gambardella de Moraes, egresso em Geografia

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