No mundo dos negócios, muitos empresários veem o faturamento como principal indicador de sucesso. Contudo, como provoca Paulo Vieira no podcast PodAcelerar, "faturamento é lixo". Marcus Marques reforça essa visão afirmando que "faturamento também é vaidade". Faturamento sozinho não garante a saúde financeira e pode esconder problemas, criando uma falsa sensação de prosperidade que pode afundar o negócio.
É comum ver empresários exibindo altos números de faturamento como troféus, mas isso pode mascarar a verdadeira situação da empresa: margens baixas, prazos de pagamento e recebimento descompassados e falta de lucro operacional. Nesse contexto, um faturamento elevado pode até aproximar a empresa da falência.
Considere um exemplo: uma empresa que fatura R$ 1 milhão por mês com margem de lucro de 10% gera R$ 100 mil de lucro. Já outra que fatura R$ 300 mil, mas com margem de 40%, lucra R$ 120 mil. Apesar do faturamento menor, a segunda empresa é mais lucrativa.
Para aumentar a rentabilidade, é essencial definir o mercado-alvo e entender o perfil dos clientes. Isso permite aumentar preços, mas o valor percebido pelo cliente deve justificar o valor cobrado a mais. Qualidade dos materiais, marca forte, garantias e atendimento eficiente são fatores que agregam valor ao produto ou serviço.
Reduzir custos e despesas também é crucial. Contudo, é necessário ter cautela para não cortar custos que possam reduzir o valor agregado do produto, como a redução do quadro de funcionários que prejudique o atendimento ao cliente. Despesas como assinatura de softwares, papel de impressora, toner, carros da administração, internet, luz e água do prédio administrativo são as primeiras a serem revisadas. Em paralelo, processos de produção, manutenção preventiva, prevenção de acidentes, desperdícios e produtividade estão também ligados à redução de custos.
O desafio está em encontrar o equilíbrio entre maximizar a margem de lucro e oferecer valor percebido ao cliente. Produtos tidos como caros podem afastar os clientes, é preciso que a percepção seja de preço justo. O verdadeiro sucesso empresarial não se mede pelo faturamento, mas pelo valor que sobra depois de tudo pago. Portanto, faturar alto é o melhor dos mundos, desde que haja lucro!
