A batalha contra o câncer não é uma jornada fácil. Ainda mais para quem tem histórico de mortes decorrentes da doença na família. Diante disso, todo apoio e demonstração de carinho são importantes, o que traz a esperança da cura. Em Presidente Prudente, a técnica em enfermagem, Rosa Maria de Campos Ferreira, 47 anos, passa por uma situação semelhante, na recente descoberta do câncer de mama.
A moradora do Jardim Bela Vista afirma que sempre cuidou da saúde. Em meados de agosto, após exame de mamografia, começou a sentir o desenvolvimento de um pequeno caroço na mama esquerda, o que a deixou preocupada. Ela buscou ajuda no mastologista que fez a ultrassom e constatou o carocinho, de aproximadamente 2,5 cm. Na sequência, a paciente foi submetida a uma biópsia que confirmou a doença.
“Foi no dia 18 de agosto, estava no consultório junto com o meu marido, quando o médico deu a notícia”, lembra. “Na hora a gente leva um susto”.
Rosa tem 14 irmãos, sendo quatro adotivos. Ainda jovem, viu o sofrimento da mãe, que perdeu a batalha contra o câncer no estômago. No entanto, é desta vivência e das pessoas que estão próximas dela, que tira forças para continuar em busca da vida.
A certeza da vitória é nítida na fala de Rosa. Durante a entrevista, ela não perdeu o bom humor e, muito menos, o sorriso no rosto.
“A vida inteira fui muito positiva, esperançosa. Fui praticamente criada sem pai, nem mãe, então, tive que me virar e ser forte em muitas situações”, afirma a prudentina, que carrega uma frase especial para as situações de dificuldade: “Se a alma estiver boa e o coração estiver bom, o corpo corresponde”.
Weverson Nascimento - Ao lado da família, Rosa mantém o bom humor e a positividade
E olha que motivos não faltam para que ela mantenha o psicológico firme. Quando iniciado o tratamento contra o câncer, em um primeiro momento, Rosa não quis perder os cabelos. Porém, decidiu enfrentar a doença de cara. O corte foi registrado em um vídeo e enviado para a família.
“Minhas irmãs haviam falado que se eu raspasse, elas também raspariam. Logo que ficaram sabendo, comecei a receber uma sequência de vídeos do pessoal cortando o cabelo, família, amigos, outros que eu nem conhecia”, lembra.
Foram 20 pessoas que rasparam os cabelos em apoio à técnica em enfermagem. “O meu marido também quis, mas eu não deixei, já tinha gente demais [risos]. Mas ele fez uma promessa de não tomar a nossa cervejinha até o tratamento acabar. Quer prova de amor maior que essa? Já o meu filho falou assim: ‘mãe, só vou raspar um pouco do lado’”, lembra Rosa, que agradece ao apoio recebido.
“Digo que são os 20 carequinhas da minha vida. Mas sou grata também a todos que me mandam mensagens, oram por mim, me desejando força”.
Rosa passa a maior parte do tempo em casa para evitar a exposição devido à baixa imunidade. Na companhia do marido Cléber, 46 anos, e do filho Yan, 7 anos, segue firme no tratamento e confiante na cura. “Não é fácil receber um diagnóstico desse. Mas, primeiramente, é preciso colocar Deus na frente, e ter força e muita fé na confiança de que vai vencer. Não adianta chorar. Eu mesma quero ver o meu filho se casar, se formar, e em nome de Jesus, logo estarei curada”.
Weverson Nascimento - Rosa descobriu o câncer de mama em agosto
Weverson Nascimento - Familiares e amigos se solidarizaram com Rosa e também rasparam os cabelos
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