Uma audiência pública foi realizada na noite de quinta-feira, na Câmara de Pirapozinho, com o objetivo de tratar da questão habitacional do município. A indicação para que o encontro fosse realizado foi do vereador José Maria Berbert (PSDB), que considerou a ação democrática e positiva e, segundo ele, já existe uma autorização da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) para a construção de 200 casas na cidade.
Situação das moradias foi debatida em audiência pública
"Quem não gostaria de ter a sua casa? Imagino que não deve ser fácil pagar mensalmente um alto valor de aluguel, haja vista que muitos sobrevivem com baixa renda salarial. Essa é uma preocupação de todos nós e precisamos de uma solução", afirma o vereador. "Sei que não teremos uma resolução total agora, porém, estamos dando um grande passo ao expormos esse problema para a população", completa.
Mauro Villanova, gerente do Núcleo Regional de Presidente Prudente da CDHU, confirma que as 200 casas continuam liberadas para a construção. "As 200 unidades habitacionais continuam autorizadas para Pirapozinho, porém, é necessário que a Prefeitura disponibilize o terreno para o início da construção das moradias", expõe.
Durante seu discurso, o prefeito Orlando Padovan (DEM) alegou que a crise econômica estabelecida no país foi um dos impedimentos para a compra dos terrenos não ter sido efetivada. "A arrecadação permaneceu a mesma, mas as despesas subiram. Não compramos os lotes, pois ainda não foi possível. Fizemos uma pesquisa com vários empresários da cidade e os valores dos terrenos são muito altos", explica.
Déficit habitacional
Para o presidente da Câmara, David Santos (SD), a audiência foi necessária para a discussão do problema, conhecimento de dados, ouvir opiniões e acatar sugestões cabíveis. "Assim como a saúde, educação e segurança, a moradia também é um dos pilares do município, e atualmente enfrentamos um déficit habitacional, que só cresceu nos últimos anos, o que torna o problema ainda mais abrangente", ressalta o parlamentar, acrescentando que um documento final será elaborado e encaminhado para autoridades competentes, a fim de que sejam efetuadas ações político-administrativas no que diz respeito ao problema habitacional.
Os moradores da cidade também tiveram a oportunidade de expressar opiniões, sugestões e questionamentos sobre o assunto.