Falta de pavimentação desagrada moradores

Problemas no Jardim Panorama se agravam em dias de chuva e vento forte; Prefeitura informa aguardar verba estadual

REGIÃO - ANNE ABE

Data 30/11/2017
Horário 11:33

Moradores do Jardim Panorama, em Álvares Machado, estão descontentes com a situação do bairro. Eles apontam a falta de pavimentação como o maior problema, pois dificulta o trânsito dos veículos e também das pessoas, que precisam andar pela terra vermelha. Em dias de chuva, o cenário se agrava com a abertura de buracos e os riscos de atolamento e derrapagem dos carros. Outro problema corriqueiro no local é a queda de energia dos postes de iluminação pública, que demoram a retornar, deixando todos no escuro, ainda segundo os reclamantes.

A assessora de Obras e Serviços Públicos do município, Ana Carolina Sanzezzo Freitas, reconhece que há uma grande área sem pavimentar no Jardim Panorama e informa que há diversos pedidos de verbas protocolados junto ao governo do Estado. Com isso, aguarda ser contemplada com a ajuda financeira, pois a “arrecadação do munícipio é insuficiente”. “Dependemos da liberação do governo. Para a Prefeitura também seria um grande benefício se conseguíssemos pavimentar, pois temos um gasto grande com a manutenção do maquinário, combustível, desgaste de pneu, entre outros. A única coisa que podemos fazer é solicitar junto ao governo e isso está sendo feito”, explica.

No entanto, a assessora não soube informar para qual pasta estadual os pedidos foram encaminhados, justificando ser responsável apenas pela criação do projeto, ou seja, etapa anterior de protocolá-lo. Nesse sentido, encaminhou a reportagem para a secretária do Prefeito, que não quis passar a informação, alegando que a Assessoria de Imprensa deveria ser contatada. Contudo, a reportagem entrou em contato com a pasta por telefone e encaminhou diversos e-mails ao longo da semana, mas não houve respostas.

Para amenizar os problemas dos moradores, Ana Carolina diz que são enviados maquinários para realizar a regularização das vias, mas as chuvas impedem a durabilidade do serviço. Acrescenta que, em alguns pontos mais críticos, também são jogados cascalhos, para diminuir os buracos e riscos de atolamento.

 

Iluminação

Segundo a assessora Ana Carolina, as equipes de manutenção atuam de acordo com as solicitações de serviço. Desta forma, os moradores que notarem o problema com os postes de iluminação podem ligar na pasta, informar o problema e uma equipe irá ao local em até dois dias. “Os problemas são variados. O primeiro é que informam um problema diferente do que realmente está ocorrendo. Em segundo são os temporais, pois o vento e as chuvas fortes podem danificar alguma parte. Por fim, o vandalismo, pois a população também precisa preservar”, expõe.

A Energisa Sul-Sudeste informou que durante o mês de novembro ocorreram temporais que afetaram o sistema elétrico da empresa na região do Jardim Panorama, para os quais foram realizados os devidos reparos logo nos dias seguintes. “A distribuidora informa que não há corte sistêmico, e sim ocorrências pontuais em razão de circunstâncias climáticas atípicas registradas nos últimos dias”, complementa.

A empresa acrescenta que os pedidos de ressarcimento de danos elétricos podem ser feitos pelo telefone 0800 70 10 326 ou pelas agências de atendimento. Contudo, para evitar maiores prejuízos, recomenda que, em caso de tempestades, os aparelhos eletrônicos sejam desligados da tomada.

 

Reclamações

Durante um mês, um poste de iluminação ficou apagado em frente à casa do servente Daniel Troian Rodrigues Ribeiro, 29 anos, situada na Rua Silvio Romero. Conta que o “problema é frequente” no bairro, principalmente em dias de chuva forte e ventania. No entanto, o problema maior apontado é a falta de pavimentação. “Sempre pagamos pelos impostos e na hora que necessitamos de algo não é feito. Às vezes, os próprios moradores precisam comprar terra para cobrir os buracos, pois é perigoso ocorrer acidentes com o carro derrapando na lama”, pontua.

Morador do bairro há 20 anos, o aposentado Luiz Ferreira, 65 anos, relata ser “difícil” caminhar pelas ruas, pois em dias de chuva a terra vermelha vira lama e abre diversos buracos. “Sempre ando por aqui, mas preciso andar no mato para evitar a lama, mas acaba sujando da mesma forma”, declara.

O caseiro Fábio Faria de Barros, 52 anos, também nota que a queda de energia é algo “corriqueiro” no bairro. Por conta deste problema, diz que já perdeu dois notebooks em sua casa, que queimaram devido à oscilação de energia. “O maior problema é em dias de chuva, mas, às vezes, nem precisa estar um temporal, simplesmente apaga. Ninguém sabe dizer o motivo”, relata.

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