Falta de informação e preconceito ainda são empecilhos na luta contra o autismo

EDITORIAL -

Data 04/03/2023
Horário 04:15

O desenvolvimento de cada criança, seja ela autista ou não, varia muito de uma para outra. Umas falam mais cedo, outras andam mais tarde. Possui uma determinada habilidade que outra ainda não tenha. Desfralda antes da hora, mas ainda usa chupeta ou toma leite na mamadeira. Cada uma no seu tempo, sem comparações.
Porém, ainda que em um grau leve, o pequeno com TEA (Transtorno do Espectro Autista) pode enfrentar alguns obstáculos e, muitas vezes, se sentir deslocado. No geral, esta criança pode apresentar alguns sinais específicos: ter dificuldade para interagir socialmente ou manter o contato visual, identificar expressões faciais e compreender gestos comunicativos, expressar as próprias emoções e até mesmo fazer amigos. Diferenças que, muitas vezes sutis, ainda levam ao preconceito.
Quando surge alguma ação ou gesto que vem, justamente para amenizar o problema e trazer informações a respeito do transtorno, esta merece ser enaltecida e, por que não, copiada? Servir de exemplo...
Neste domingo, conforme noticiado ontem em O Imparcial, o Moviecom do Prudenshopping oferecerá às 10h30, de forma gratuita, o Projeto MoviecomTodos: Sessão Azul. Na ocasião, pessoas autistas e até dois acompanhantes (amigos ou familiares) poderão assistir “As Múmias e o Anel Perdido”.
Para prestigiar, basta que os participantes levem alguma carteirinha ou laudo que comprove o TEA. Para tornar-se mais acessível a esse público, a sessão terá algumas particularidades: as luzes do fundo ficarão acesas, não terá exibição de trailers, a porta de entrada aberta e um volume mais ameno. 
A Sessão Azul é a primeira ação do “Projeto Integração”, que o Prudenshopping realizará! Ainda neste mês, além de um podcast, ainda sem data definida, realizado em parceria com a Rádio 101FM, a Prefeitura e a Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), autistas terão vagas exclusivas no estacionamento do shopping.
É o autismo recebendo a devida atenção e respeito. Todos nós sabemos ou pelo menos imaginamos o quanto é difícil receber este diagnóstico. E mais ainda aceitá-lo. Mas faz parte do processo. O importante é descobrir e tratar. Muitos pais, infelizmente, ainda por falta de informações e conhecimento, demoram a procurar ajuda. Precisamos falar mais sobre o assunto. Precisamos ensinar e batalhar por empatia. Incluir esta pessoa é necessário. Carinho, dedicação, amor e paciência são essenciais e farão com certeza toda a diferença.
 

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