A Força-tarefa X do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Polícia Militar do Estado de São Paulo deflagraram, nesta terça-feira, a segunda fase da Operação Jiboia contra lideranças de uma organização criminosa. Nesta data, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, na capital e cidades de Guarulhos, Iperó e Praia Grande, além de cinco mandados de prisão preventiva, todos expedidos pela 1ª Vara Especializada de Crime Organizado da Capital, inclusive em relação a dois investigados que estavam presos na Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, conhecida como P2, de Presidente Venceslau. Um indivíduo permanece foragido.
As investigações, iniciadas em 2019, apuraram a existência e funcionamento dos principais setores da organização criminosa, então composta por indivíduos em liberdade, responsáveis, dentre outros crimes, pela identificação e planejamento de ataques contra autoridades públicas que combatem a facção criminosa e instituições do Estado que atuam na repressão penal.
Foram identificados e presos os responsáveis pelos denominados setores: “Sintonia Final da Rua”, com atuação decisória final e responsabilidade pelas principais diretrizes da cúpula que se encontra no sistema prisional; “Resumo Disciplinar Externo do Sistema”, com atribuição para realizar o julgamento dos integrantes da facção que estão presos, resultando em recorrentes espancamentos, torturas e homicídios; “Setor Territorial”, responsável por promover a expansão da organização criminosa nos demais Estados da Federação; “Resumo do Progresso”, responsável pelo tráfico ilícito de drogas; e “Setor do Raio-X”, espécie de conselho deliberativo composto pela liderança de cada setor da facção.
No decorrer da operação, incluindo a primeira fase, foram apreendidos celulares, dispositivos eletrônicos, vasta documentação relacionada à atuação da facção, aproximadamente 15kg de drogas (cocaína e maconha) e R$ 182.620 em dinheiro, proporcionando o oferecimento de denúncia contra seis integrantes da facção.
A operação contou com a atuação de 11 promotores de Justiça, 47 policiais militares, e emprego de 10 viaturas do 1º Batalhão de Polícia de Choque, culminando na desarticulação dos principais setores que atuam na estrutura da facção.