Os cidadãos estão corretíssimos quando fiscalizam e cobram políticas públicas de qualidade ao poder público. Todos nós temos de acompanhar a atuação dos políticos, afinal, eles estão lá como servidores públicos, ou seja, para servir aos interesses da sociedade. No entanto, para viver em comunidade não basta somente esperar pela atuação dos governantes. É preciso que cada um faça a sua parte.
No entanto, infelizmente, muitos não têm essa conscientização. Não pensam no coletivo quando tomam determinadas atitudes, gerando situações que prejudicam a convivência e até mesmo viram caso de saúde pública. Recentemente, este diário tem noticiado práticas que vão ao encontro desta triste realidade. Em Santo Anastácio, por exemplo, a Prefeitura vem alertando a população sobre o descarte irregular de entulho. Conforme a administração municipal, os resíduos são depositados em locais inapropriados, gerando inúmeros transtornos. Vale ressaltar a existência de uma lei que multa quem pratica tais atos.
Somente quem mora próximo a um terreno baldio sabe como é difícil ter de conviver com um espaço sujo, repleto de mato alto e lixo, propício para a proliferação de toda sorte de insetos e bichos peçonhentos. Isso sem contar a facilidade que bandidos encontram para se esconder nessas áreas, que também são chamarizes para usuários de drogas. Mais uma vez a inércia de algum “cidadão” prejudicando a qualidade de vida de outras pessoas.
Já em Pirapozinho, os agentes de endemias têm se deparado com a resistência de moradores, que não querem ter seus imóveis vistoriados. Provavelmente isso ocorre porque não houve preocupação em eliminar os focos de criação do Aedes aegypti, vetor transmissor da dengue. E não para por aí, pois onde tem entulho também pode ter escorpiões. Ou seja, enquanto cada um não fizer a sua parte como cidadão, dificilmente conseguiremos viver em sociedade com paz e tranquilidade.