Vamos lá pessoal, ainda dá tempo de fazer pessoas especiais sorrirem só de receberem um elogio por seus trabalhos produzidos com tanto carinho e capricho! Trata-se da 20ª Expodefic/Feidefic (Exposição e Feira de Trabalhos Artesanais da Pessoa com Deficiência) que é realizada desde ontem, terminando hoje,
na Praça Nove de Julho (calçadão), em Presidente Prudente, das 9h às 16h.
No local estão artesanatos diversos, como tapetes, quadros, peças artesanais, bonecas, sabonetes, pesos de porta, guardanapos, artesanato em jornal, crochê, madeira, entre outros produtos, confeccionados pelos próprios atendidos de sete entidades assistenciais que atuam no município. São elas:
Unipode (União das Pessoas com Deficiência); Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais); Carim – Associação de Apoio ao Paciente Renal Crônico; Núcleo Tterê; Associação de Peregrinação do Rosário; Associação Assistencial Adolpho Bezerra de Menezes e Ambulatório Regional de Saúde Mental.
Feira segue hoje até às 16h; programação tem apresentações artísticas
Marcela Aparecida dos Santos Garcia, 19 anos é uma das alunas do Núcleo Tterê. Há cinco anos, irradiante, ela atende as pessoas que chegam ao estande da entidade com um "sorriso enorme". "Aqui, além de trabalharmos a comunicação exploramos também a formação profissional na maneira como abordam. Percebemos que com a ação o avanço tem sido enorme, inclusive o olhar pelo outro, a forma de abordar as pessoas. Olha, eu não sei nem como explicar o quanto aprendo com eles. O retorno é surpreendente!", exclama a educadora social do núcleo, Angela Afonso, 30 anos.
Potencialidade
A assistente social do ambulatório, Carolina Vinicius Santana, 33 anos, afirma que a construção dos trabalhos de cada atendido explica o slogan da ação: "A Arte Comprova a Capacidade". "A potencialidade deles é evidenciada desde a construção às vendas, e não suas limitações. Além da Expodefic, estamos com uma exposição de telas no Prudenshopping, ‘Sombras e Luzes’, com relatos deles, a maneira como colocam a alma em cada detalhe. Para nós que os acompanhamos de perto, a evolução de comunicação, convivência, construção de relações com outras pessoas é muito grande. O que evita o isolamento", enfatiza a assistente social.
Com lágrimas nos olhos, Teodora Regina Mendes que acabou de receber alta da entidade, após mais de dez anos de tratamento, exalta "Eu gosto de conversar e quando estamos aqui vou para o meio do calçadão e chamo as pessoas para vir ver nossos trabalhos. Se comprarem é maravilhoso porque estarão ajudando a gente, mas se não der não tem problema, ficamos felizes com a presença delas"!
Atenção especial
A diarista Luciane Cristina Tosta, 38 anos, que não perde uma edição, passou mais uma vez pela Expodefic para apreciar os trabalhos das entidades. "Fico observando e refletindo sobre as lamentações de tanta gente a respeito de tudo, enquanto essas pessoas que lidam com tantas limitações nos mostram determinação e força. Eu tive um filho especial, que Deus permitiu estar comigo por apenas dez dias e quando olho para estes jovens aqui sempre penso que o meu estaria nessa idade... Acho que vejo tudo isso com a força do amor materno!", frisa Luciane.
PROGRAMAÇÃO
HOJE
11h30 – Alisson Thales com "Som do Sertão" e "Forró, xote e baião"
14h – Apresenta de dança da Unipode
14h30 – Apresentação de Capoeira da Unipode
