Expandir o e-commerce exige superar barreiras no acesso à internet

OPINIÃO - Irineu Barreto e Ida Bismara

Data 19/06/2024
Horário 04:30

O comércio eletrônico tem transformado significativamente a maneira pela qual os consumidores acessam bens e serviços. Pesquisa realizada pela Fundação Seade, entre 2023 e 2024, aponta a consolidação do e-commerce em São Paulo e revela que a maioria dos residentes no Estado (67%) efetuou compras ou contratou serviços pela internet.
Embora o hábito de realizar compras on-line seja amplamente difundido, a pesquisa mostra que 33% dos residentes não o adotaram. As maiores proporções de não adeptos são observadas entre pessoas com 60 anos e mais, que estudaram até o ensino fundamental ou fazem parte de famílias com renda de até um salário mínimo, apesar de que nesses últimos estratos, em relação a 2023, a situação tenha se tornado mais favorável.
Esses resultados corroboram a hipótese de que a expansão da base de consumidores on-line requer a superação de barreiras sistêmicas ligadas à heterogeneidade no acesso à internet, bem como obstáculos associados a padrões demográficos e socioeconômicos que dificultam o usufruto universal dos recursos on-line.
A pesquisa identificou ainda que os principais motivos para não aderir ao comércio eletrônico incluem falta de conhecimento sobre como usar a internet, sensação de insegurança e falta de acesso à rede. Por exemplo, a ausência de compras na web em função de dificuldades em lidar com a rede alcança maior ocorrência entre entrevistados com 60 anos e mais. Esses percentuais declinam especialmente entre pessoas de maior escolaridade e rendimentos familiares, corroborando os hiatos socioeconômicos no uso das tecnologias.
Em destaque, a pesquisa registra elevadas proporções de consumidores via e-commerce, tanto nos municípios de até 20 mil habitantes, quanto no conjunto do interior, que passam a se equiparar às observadas para os residentes na capital.
Acesse a íntegra da pesquisa em www.seade.gov.br.
 

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