O Dia Mundial de Combate ao Câncer, celebrado nesta terça-feira, reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. Quando identificado nos estágios iniciais, o câncer apresenta maiores chances de cura, tornando essencial o acompanhamento médico. Médica oncologista cooperada da Unimed de Presidente Prudente, Graziela Costa Zani destaca as principais orientações para prevenir e enfrentar a doença.
Conforme o Inca (Instituto Nacional de Câncer), no Brasil, os tipos mais comuns são o câncer de pele não melanoma (é o mais frequente), o câncer de mama e o câncer de próstata. A oncologista lembra que datas como essa são essenciais para aumentar o conhecimento da população sobre prevenção, diagnóstico precoce e tratamento.
Também há outras campanhas, como o "Outubro Rosa" e o "Novembro Azul", que visam conscientizar sobre o câncer de mama e próstata, respectivamente. “Essas campanhas têm desempenhado um papel significativo na diminuição de estigmas e no incentivo ao cuidado com a saúde e ajudam a reforçar a importância da detecção precoce, que pode salvar vidas”, destaca a oncologista.
A especialista pontua que os principais fatores de risco incluem fatores genéticos (histórico familiar de câncer pode aumentar o risco); tabagismo e consumo de álcool; exposição excessiva ao sol; alimentação inadequada, obesidade e sedentarismo.
Diante dos riscos, Graziela reforça que a prevenção do câncer envolve mudanças no estilo de vida. “A OMS [Organização Mundial da Saúde] indica que, em até 50% dos casos, o câncer pode ser prevenido com atitudes como não fumar; manter uma alimentação saudável e rica em frutas, vegetais e fibras e com baixo consumo de carnes processadas; praticar atividades físicas regularmente; evitar a exposição excessiva ao sol e beber bastante água”, orienta.
É importante que as pessoas realizem consultas e exames de rotina e atentem-se a sintomas incomuns. A oncologista cooperada da Unimed conta que, no caso de câncer, os sintomas podem variar dependendo do tipo de patologia, mas alguns pontos de alerta incluem mudanças na pele ou feridas que não cicatrizam (câncer de pele); nódulos ou caroços, especialmente nas mamas ou testículos; tosse persistente ou falta de ar (câncer de pulmão); dor abdominal e alterações no hábito intestinal (câncer de cólon); e perda de peso inexplicada e fadiga intensa.
Desde que já não esteja associada a alguma outra doença, é essencial buscar apoio médico na persistência desses sintomas. “A detecção precoce aumenta significativamente as chances de tratamento bem-sucedido, já que os cânceres diagnosticados em estágios iniciais têm maiores probabilidades de cura”, reforça Graziela.
Exemplos de exames eficazes para população em geral, sem fatores de risco, incluem mamografia, para detectar o câncer de mama em mulheres acima de 40 anos; Papanicolau, para o câncer de colo do útero em mulheres; exame de PSA (antígeno prostático específico) e toque retal, para o câncer de próstata; tomografia de baixa dose, para câncer de pulmão e pessoas com histórico de tabagismo; e colonoscopia, para detectar o câncer de cólon em pessoas a partir dos 50 anos.
Vale lembrar que a idade para começar um acompanhamento pode depender do histórico familiar. “Sempre gosto de frisar a detecção precoce, pois as pessoas acabam esquecendo de fazer os exames na correria do dia a dia. Tem mulheres que acabam falando assim: ‘Ah, mas foi só esse ano que eu não fiz e bem nesse ano aconteceu’. Não pode deixar de se tocar, se lembrar, principalmente do câncer de mama, que é uma coisa que a gente vê com grande frequência", ressalta.
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