Eventos climáticos extremos

Uma soma de fatores que incluem a ação humana e a devastação do meio ambiente está envolvida na ocorrência cada vez maior de desastres naturais. Ondas de calor, inundações, furacões: muitas são as manifestações da natureza quando o assunto é o clima do planeta, mas nas últimas décadas o efeito das mudanças climáticas transformou fenômenos meteorológicos em experiências extremas, com grande impacto nas sociedades e maior recorrência. 
“Popularmente conhecido como ‘desastre natural’, um evento climático extremo resulta de uma séria interrupção no funcionamento normal de uma comunidade, afetando seu cotidiano”. As enchentes e inundações ocorridas no fim de abril deste ano, no Rio Grande do Sul, se encaixam nesse conceito e são consideradas uma das maiores catástrofes climáticas do Brasil. 
Segundo o Observatório do Clima, esses eventos recebem a seguinte classificação: Origem hidrológica, no caso de inundações bruscas e graduais, alagamentos, enchentes, deslizamentos; Origem geológica ou geofísica, quando referente a processos erosivos, de movimentação de massa e deslizamentos resultantes de processos geológicos ou fenômenos geofísicos; Origem meteorológica, quando se tratam de raios, ciclones tropicais e extratropicais, tornados e vendavais; Origem climatológica, que se refere a estiagem e seca; queimadas e incêndios florestais; chuvas de granizo, geadas e ondas de frio e de calor.  
Com o aumento da temperatura global, mais ocorrências climáticas extremas devem ser verificadas no mundo. O ano de 2023 já foi considerado o mais quente de nossa história, segundo dados da Organização Meteorológica Mundial. A entidade ressaltou também que 2023 “foi um ano de riscos climáticos recordes no sul global”. A OMM afirmou ainda que “a América Latina é cercada pelos oceanos Pacífico e Atlântico e o clima na região é influenciado pelas temperaturas predominantes da superfície do mar e interferências na interação entre a atmosfera e o oceano, como o El Niño”. Só no Brasil foram registrados 12 eventos climáticos extremos, sendo nove deles “considerados incomuns e dois sem precedentes”. 
 

Publicidade

Veja também