Aconteceu ao longo da manhã desta quinta-feira, em Presidente Prudente, o 1º Fórum de Desenvolvimento Sustentável do Oeste Paulista: Biometano e novas oportunidades, que reuniu no Centro Cultural Matarazzo mais de 300 autoridades, profissionais, universitários e sociedade civil de municípios do Pontal do Paranapanema e dos Estados de São Paulo e Paraná, em busca de catalisar discussões produtivas, promover conscientização sobre o potencial do biometano e inspirar ações concretas em direção a um futuro mais sustentável.
O evento foi uma iniciativa conjunta da UEPP (União das Entidades de Presidente Prudente e Região), Cocal e Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) de Prudente, com apoio do governo municipal, deputado estadual Mauro Bragato (PSDB) e entidades prudentinas.
O fórum foi dividido em seis painéis, nos quais foram discutidos métodos de produção do combustível a partir de diferentes fontes de matéria orgânica, como resíduos agrícolas e urbanos; tecnologias e inovações; oportunidades de mercado; aspectos econômicos e regulatórios; desafios e soluções; e parcerias com empresas do setor energético, governos e organizações não governamentais para impulsionar o crescimento sustentável do setor na região.
Durante a abertura, o presidente da UEPP, Renato Michelis, ressaltou que a ideia do fórum surgiu após uma conversa informal com o deputado estadual Mauro Bragato e que levou cinco meses para ser organizado. “Esperamos a partir da realização deste fórum iniciar uma evolução no desenvolvimento econômico e social de nossa região com a inovação e ampliação de novas potencialidades produtivas", disse.
Para o diretor executivo da Cocal, André Gustavo Silva, o fórum foi uma excelente oportunidade para mostrar os novos produtos verdes da Cocal. “O nosso objetivo é que cada vez mais empresas do oeste paulista sigam nesse caminho da descarbonização, com a troca de combustíveis não sustentáveis pelo nosso biometano. Serão muitas oportunidades e estaremos ao lado dos novos clientes para apoiá-los em todas as fases da transição energética, permitindo que fortaleçam ainda mais seus respectivos negócios”, comentou.
Gabriel Kropsch, fundador da Abiogás (Associação Brasileira do Biogás), abriu o primeiro painel. Em sua abordagem, ele salientou que, por ser 100% renovável e muito competitivo em termos de eficiência energética, esse tipo de combustível traz redução de custos e emissões. “Muitas empresas se veem na busca pela descarbonização, mas temem pelo alto valor. No caso do biometano, há a possibilidade de reduzir emissões e custo operacional com a substituição de fontes fósseis”, frisou.
Um outro ponto destacado foi como as empresas instaladas na região podem adquirir energia elétrica renovável e garantir uma produção sustentável. De acordo com o gerente comercial de energia da Cocal, Wilson Castro, é possível agregar nas indústrias da região e grandes consumidores uma fonte de calor renovável (biometano) e a bioeletricidade, dentre outras.
Por ser um dos movimentos mais comentados da atualidade, o ESG (ambiental, social e governança, em português) também foi abordado. A gerente de sustentabilidade da Copersucar, Beatriz Milliet, informou que as emissões de carbono ocupam lugar de destaque dentro dos pontos ESG das empresas, especialmente no quesito ambiental da sigla. “Além de benéfica ao ambiente, ao optar por fontes renováveis, há uma considerável redução da pegada de carbono do produto, a depender do ramo de atuação. Comportamentos que demonstrem atenção e compromissos ESG são cada vez mais avaliadas e reconhecidas por parceiros de negócios, incluindo clientes e bancos, e podem representar importante diferencial competitivo, especialmente para empresas médias e pequenas”, destacou.
Após o encerramento do fórum, aconteceu o Desenvolve Pontal, promovido pela Desenvolve SP, uma agência de fomento do governo do Estado de São Paulo. O evento, em parceria com a Fundação Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo), apresentou linhas de crédito para negócios e agroindústria. Conforme o superintendente de Negócios, Lucas Iacona, são dois públicos-alvos, sendo microempresas e municípios.