Estudo de impacto ambiental é analisado

PRUDENTE - MARIANE GASPARETO

Data 04/04/2017
Horário 09:23
 

O Laboratório de Geologia, Geomorfologia e Recursos Hídricos da FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista), campus prudentino, elaborou um laudo técnico sobre a área da Fazenda Santa Apolônia, onde é prevista a implantação de um aterro sanitário privado, em Presidente Prudente.

Os docentes da Unesp envolvidos na elaboração do laudo declaram que o empreendimento "não se sustenta" do ponto de vista socioambiental e possivelmente econômico, levando em conta as limitações físicas impostas pela área.

O documento, citado no inquérito civil sobre a implantação do aterro sanitário no Timburi, traz uma série de apontamentos sobre o EIA (estudo de impacto ambiental) do empreendimento, o qual considera como "superficial e genérico", caracterizando a área sem informações regionais nem com o nível de detalhamento necessário para uma caracterização hidrogeológica e geomorfológica.

"Mesmo as intervenções realizadas, como sondagem do solo e instalação de poços de monitoramento do nível freático, não atendem aos objetivos, por conta da insuficiência de dados e interpretação incoerente dos resultados". Segundo o laudo, o termo "áreas úmidas", usado no EIA, indica certa fragilidade ambiental: são locais de nascentes, olhos d’água e minas. "A presença de um depósito de resíduos domésticos colocaria em risco essas áreas e sua biodiversidade."

O documento expõe que é "alto o risco" de implantar o empreendimento no terreno onde ele é proposto, especialmente no espaço onde é prevista a instalação da vala do aterro, área de "alta permeabilidade". Outro ponto observado pelo laboratório foi a aceleração de processos erosivos que fazem parte da dinâmica do relevo local, que são "naturais e responsáveis pela formação de nascentes", reforçando que a ideia do EIA, de um relevo plano e monótono, é totalmente descartada.

 
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