Na tarde desta sexta-feira, seguia internado, em estado considerado estável, no HR (Hospital Regional Doutor Domingos Leonardo Cerávolo) de Presidente Prudente, o estudante de 21 anos, que foi atingido por um disparo de arma de fogo, durante a madrugada, no Parque Watal Ishibashi, ao investir contra um policial militar. O fato se deu quando uma equipe de oficiais atendeu a ocorrência, registrada pela Polícia Civil como “desobediência”, após ser acionada por moradores que indicaram que o jovem estaria tocando o interfone das residências do bairro e pedindo para utilizar o telefone para ligar para “um amigo”, “aparentando estar drogado”, revela o Boletim de Ocorrência.
“Quando o rapaz visualizou a viatura, este veio correndo em direção a mesma. [Os policiais] desembarcaram, momento que o rapaz, aparentando estar drogado, veio na direção do soldado, tendo determinado que parasse e colocasse as mãos na cabeça”, expõe o registro. “Ocorre que o rapaz não obedeceu a ordem dada e veio na direção do soldado e segurou em sua arma, tendo a arma disparado e acertado o braço esquerdo do rapaz, sendo que a arma nem ejetou a cápsula, pois não efetuou a manobra completa devido ao fato do rapaz ter segurado a mesma”, complementa o registro.
Ainda conforme o BO, mesmo depois de ter sido ferido, o estudante foi “para cima dos militares” e foi imobilizado no chão. “O rapaz foi identificado e, indagado o que teria ocorrido, somente falava coisas sem sentido, que queria ficar com o Ben 10, que queria falar com o Celso Russomano”, aponta o documento.
Na Central de Flagrantes da Delegacia Seccional, o pai do jovem informou que o filho tem “mania de perseguição” e que, quando faz uso de droga, fica pedindo ajuda para desconhecidos, batendo na porta deles.
“Foi requisitada perícia para o local dos fatos, tendo a arma utilizada pelo militar sido apreendida em auto próprio. Diante do aqui relatado e das provas apresentadas, não havendo indícios de outros crimes, foi registrado o presente para se apurar a desobediência do autor a ordem dada, tendo o mesmo sido liberado, uma vez que se comprometeu em comparecer em Juízo, quando convocado o for”, encerra o BO.