A prevenção do câncer de próstata, de acordo com o médico uro-oncologista do HE (Hospital de Esperança) de Presidente Prudente, Felipe Moura, envolve práticas de rastreamento e mudanças no estilo de vida para reduzir riscos. Afirma o especialista que, embora não haja garantias de prevenção total, algumas medidas ajudam a diminuir o risco ou a detectar o câncer em estágio inicial, quando as chances de curas são maiores.
Entre as ações de prevenção e detecção precoce da doença, recomenda: realização de exames de rastreamento; ter um estilo de vida saudável, com dietas equilibrada, exercício físico regular, controle de obesidade, e evitar tabagismo e excesso de ingesta de bebida alcoólicas. “Essas estratégias não eliminam o risco completamente, mas ajudam a reduzir as chances e a detectar precocemente o câncer de próstata, aumentando a chance de sucesso no tratamento”, garante o médico.
Quanto ao diagnóstico do câncer de próstata, o especialista explica que, geralmente, envolve uma combinação de exames e testes para identificar sinais de anormalidades. O processo inclui o rastreamento realizado através do exame de PSA (Antígeno Prostático Específico) no sangue e o toque retal, os quais, quando alterados, podem levar a uma biópsia de próstata. “A biópsia nos dá o diagnóstico definitivo. Durante a biópsia, pequenas amostras de tecido da próstata são retiradas com uma agulha fina, geralmente guiada por ultrassom transretal. Essas amostras são analisadas ao microscópio para verificar a presença de células cancerígenas”, esclarece.
Já no que diz respeito ao exame de ressonância magnética da próstata, pontua que este pode ser solicitado para ajudar a localizar áreas suspeitas, principalmente se o paciente tiver um resultado de PSA elevado, mas biópsias anteriores não tiverem identificado câncer. O médico relata que a RM é frequentemente usada para guiar a biópsia e melhorar a precisão do diagnóstico.
“Caso o câncer seja confirmado, outros exames, como tomografia computadorizada, cintilografia óssea ou PET-CT - exame de imagem médica que combina a tomografia computadorizada com a por emissão de pósitrons -, podem ser realizados para verificar se o câncer se espalhou [metástase], especialmente para ossos e outros órgãos”, enfatiza o urologista.
Destaca que, esses exames, realizados em conjunto, ajudam a identificar o câncer de próstata e a definir o estágio e a agressividade do tumor. “Com essas informações, o médico pode decidir sobre a melhor abordagem de tratamento que, dependendo do estágio do câncer, pode incluir: cirurgia [prostatectomia], radioterapia, terapia hormonal, e quimioterapia, para casos mais avançados”, expõe o profissional.
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