Estado recomenda uso de máscaras para reduzir inalação de partículas decorrentes de queimadas

Qualidade do ar no território paulista está comprometida devido a altas concentrações de poeira, fuligem e fumaça que ficam suspensas na atmosfera em função do pequeno tamanho

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 12/09/2024
Horário 12:49
Foto: Maurício Delfim Fotografia
Tempo seco e ocorrência de incêndios pioram qualidade do ar no Estado
Tempo seco e ocorrência de incêndios pioram qualidade do ar no Estado

Diante do cenário de tempo seco, ocorrência de incêndios e piora na qualidade do ar, o governo de São Paulo divulgou na terça-feira novas orientações em saúde e diretrizes para todo o Estado. Entre elas, está a sugestão de, ao sair de casa, utilizar máscaras do tipo N95, PFF2 ou P100, que podem reduzir a inalação de partículas decorrentes de queimadas se usadas corretamente.

A principal recomendação em saúde é que as pessoas evitem atividades físicas ao ar livre e aumentem a ingestão de água. A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) suspendeu temporariamente as autorizações de queima no Estado para a despalha de cana, queima fitossanitária ou para manejo. As duas únicas exceções são para a implantação de aceiros que evitem a propagação do fogo; e para casos de finalidade fitossanitária solicitados diretamente pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

Segundo o Mapa de Risco de Incêndio do Estado, há nível de emergência para queimadas em quase todo o território paulista até este sábado. O gabinete de crise montado pela gestão estadual no CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências na Defesa Civil) segue mobilizado no monitoramento e coordenação das ações de prevenção e combate aos incêndios.

As secretarias de Estado da Saúde e Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, a Cetesb e a Defesa Civil apontaram que a piora na qualidade do ar ocasionada pelas queimadas é agravada pela atuação de uma massa de ar quente, seco e estável, aliada à ausência de chuvas, o que dificulta a dispersão dos poluentes.

As pastas seguem monitorando e atuando no combate aos focos de incêndio, medindo a qualidade do ar e avaliando os eventuais riscos à saúde. Todas as recomendações serão compartilhadas com os municípios paulistas.

Qualidade do ar

A Cetesb conta com uma rede de monitoramento de qualidade do ar composta por 85 estações, sendo 63 automáticas e 22 manuais, distribuídas no território paulista. O monitoramento segue os métodos de medição adotados internacionalmente.

Nos últimos dias, foram observados, de forma abrangente, um número elevado de estações com qualidade do ar classificada como “muito ruim” e “ruim” em decorrência de altas concentrações de partículas inaláveis finas (poeira, fuligem e fumaça que ficam suspensas na atmosfera em função do seu pequeno tamanho).

Essa situação é influenciada pelos diversos focos de incêndios no Estado, agravada pelas condições meteorológicas desfavoráveis à dispersão dos poluentes com atmosfera estável, pouca ventilação e ausência de chuvas.

Crianças menores de cinco anos, idosos e gestantes devem ter atenção redobrada às recomendações, assim como pessoas com comorbidades, as quais devem buscar atendimento médico imediatamente na ocorrência de sintomas respiratórios.

Recomendações em saúde à população

• A principal recomendação, neste momento, é de que pessoas evitem atividades físicas ao ar livre;
• É recomendado aumentar o consumo de água e líquidos para manter a hidratação do organismo e das vias aéreas;
• Para quem estiver dentro de casa, a orientação é que mantenham portas e janelas fechadas, para reduzir a entrada de partículas de fora para dentro das residências;
• Em regiões de queimadas, como proteção adicional, a sugestão é de, quando sair de casa, utilizar máscaras do tipo N95, PFF2 ou P100, que podem reduzir a inalação de partículas se usadas corretamente.

Publicidade

Veja também