Já fazia algumas semanas que este diário não publicava reportagens de acidentes de trânsito com vítima fatal na região. Tudo parecia muito calmo, ainda mais, por ser final de ano, período em que o fluxo de veículos relativamente aumenta nas rodovias. No entanto, em dois dias, foram registradas duas mortes em colisões, sendo uma em Presidente Prudente e outra no trevo de Martinópolis. Conforme informações divulgadas pela polícia, uma das vítimas, de 38 anos, acabou morrendo por imprudência de outro motorista que invadiu a pista numa suposta ultrapassagem.
O assunto chocou a comunidade e causou indignação de muitos motoristas. Isso foi perceptível nas redes sociais, onde comentários e compartilhamentos mostravam as quão preocupadas no trânsito são as pessoas. No entanto, falar é fácil, o difícil mesmo é se reeducar. No decorrer do ano, especialistas em trânsito entrevistados pela reportagem afirmaram e reafirmaram que 95% dos acidentes poderiam ter sido evitados, caso o condutor tivesse respeitado a legislação vigente.
A informação também é afirmada pelas polícias, que trabalham em campanhas de conscientização para que os motoristas se reeduquem. Ao que parece, essa reeducação está longe de acontecer, o que pode ser observado até mesmo dentro das cidades. Imprudências, como dirigir com o aparelho de celular em mãos, tornaram-se costumeiras na rotina daqueles que precisam pegar as vias diariamente. Isso preocupa! Ao que parece, a pessoa precisa ser vítima do acidente para que “caia a ficha” de que é necessário seguir as regras.
Enquanto isso não mudar, mais e mais vítimas continuarão surgindo no trânsito. No caso desta semana, Marcio Rodrigues Pena, 38 anos, morreu após ser atingido frontalmente por outro veículo que foi ultrapassar um caminhão na Rodovia Homero Severo Lins (SP-284), em Martinópolis. As causas do acidente serão informadas pela Polícia Científica, por meio do laudo pericial. Mas a polícia adiantou que, conforme apurado no local e posição dos veículos, tudo indica que Marcio morreu pela imprudência do outro motorista. Ele deixou a esposa e um bebê.
Mesmo com campanhas de conscientização e perdas, está longe de os motoristas aprenderem a serem prudentes. Lamentável, ter que ensinar um adulto a ter respeito pela vida do outro.