Essencial na pandemia, ensino remoto ainda enfrenta muitos desafios

EDITORIAL -

Data 23/04/2021
Horário 04:15

Há pouco mais de um ano, a pandemia do novo coronavírus impôs uma nova realidade para milhares de alunos e professores em todo o país. Sem as aulas presenciais – para garantir o isolamento social e evitar a proliferação da doença -, o giz, a lousa e as carteiras foram deixados de lado. Hoje, todo o conteúdo é ensinado através de plataformas online, chamadas de vídeo e mensagens por aplicativos. 
Com tudo o que estamos vivendo, o ensino a distância se tornou essencial para que os estudantes não perdessem o ano letivo. Os professores, para tanto, têm se desdobrado como podem para oferecer um trabalho de qualidade. Precisaram se adequar, inovar, se preparar, correr atrás de conteúdo, mudar sua rotina... Tudo que é novo exige tempo. E quando não há tempo? 
Diversas pesquisas divulgadas constantemente na mídia mostram que essa adaptação não tem sido fácil. Alunos relatam falta de interatividade, dificuldades na troca de informações e dúvidas, conexão de má qualidade ou até mesmo a falta de acesso à internet ou de equipamento adequado. Muitos reclamam não conseguir, em casa, organizar uma rotina de estudos. Falta concentração e, em alguns casos, até familiaridade com as ferramentas digitais. Os entraves são muitos.
Em Presidente Prudente, conforme os dados da Seduc (Secretaria Municipal de Educação) sobre a participação no ensino remoto e divulgados na edição de ontem, do total de aproximadamente 18 mil alunos, 19% estão com participação abaixo do esperado (realizam de 1% a 25% das atividades propostas). 
Para evitar a evasão dos estudantes e melhorar o índice, a pasta diz que serão implementados no sistema municipal de ensino mecanismos de busca ativa para os alunos que tenham desempenho de forma insatisfatória ou que não estejam participando das atividades remotas. É preciso realmente saber o que acontece. Devemos defender o acesso de boa qualidade e de preço acessível para todos, principalmente nas faixas mais vulneráveis.
Além disso, estão previstas atividades de conscientização das famílias sobre a importância da participação dos alunos nas atividades presenciais e não presenciais. Além de serem traçadas políticas públicas para inserir essa parcela de alunos que não estão conseguindo acompanhar as aulas remotas, é preciso que os pais também sejam parceiros da escola. A educação já foi prejudicada demais. O ensino, mesmo que online, precisa continuar. Acompanhem os filhos quando puderem, se interessem em saber o que está sendo passado e se está faltando alguma coisa.
Seguindo os protocolos de segurança e se imunizando, tudo tende a melhorar. Paciência e fé. Tudo vai passar...

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