Dias atrás, e isso não tem muito tempo, o nosso querido e conhecidíssimo, Ronaldo, “O fenômeno”, ex-atleta de futebol, fez um pronunciamento de que iria se candidatar à presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Mas passados alguns dias, ele veio novamente se pronunciar de que estaria renunciando a sua candidatura.
“Depois de declarar publicamente o meu desejo de me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito, retiro aqui, oficialmente, a minha candidatura. Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol está em boas mãos, pouco importa a minha opinião. No entanto, no meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura de diálogo”.
Reflexão: Até onde vão os interesses? Faltou conceito? Podemos considerar tudo isso como proximidade de não poder se findar a uma comunicação mais precisa, partindo somente de um lado, o que evidentemente não faltou a do Ronaldo.
Tempos atrás, precisamente no dia 22/01, às 11h, participei de um encontro, no qual já havíamos marcado antecipadamente para alinharmos as ideias a esses novos gestores (sentia que a nossa presença não foi tão bem-vinda), como forma de continuidade dessa parceria. De maneira leve e prática, mencionei o que muitos de nós e as empresas se policiam diariamente, buscando crescer: “melhorar a nossa comunicação”. Ser mais assertiva, precisa e com foco na produtividade de gerar resultados em conjunto, mas inserindo também a nossa postura como forma de fazer parte do sistema. Momento solene, vem o silêncio.
Depois que havia proferido aquelas palavras, passados alguns dias, um telefonema me notifica a seguir outro caminho (despedida). Isto é, conforme suas ideias e projeções, precisamos ficar cientes com quem e onde devemos emitir nossas intenções. Penso que, se isto bastasse, mas não, ainda iremos percorrer caminhos tortuosos e desenfreados pelos egos, daqueles que podemos considerar indivíduos acéfalos, usufruindo de suas funções temporárias, com indiferença pela ousadia sem nem ao menos valorizar que os ambientes precisam de pessoas sérias.
Melhorar nossa comunicação. Faço essa analogia entre as tentativas do nosso fenômeno Ronaldo, pelos seus caminhos em edificar as estatísticas de avanço, e nós, como não saber intervir numa soma facilitadora de desempenho de uma conduta, em somar o esporte (sendo um deles) como um todo, e que infelizmente o caminho ainda será árduo.
Interpelar convicções de uma comunicação serena e acirrada, seja preciso estar ciente dos verdadeiros fatos, do que realmente aconteceu... Se podemos dizer que existe um círculo vicioso nesses ambientes, onde gestores, proeminentes e protagonista de suas ideias conduzem de maneira a quem jamais poderá fazer parte de suas equipes. Entre uma ação do Ronaldo e o que também vivenciamos, há de se pensar no que realmente ambos são predestinados por uma função temporária, e o esporte é um deles.