Só quem mora longe ou não tem mais a presença da mãe por perto, sabe o quanto é importante um momento junto a mais na rotina. Mas, quem está por perto e sabe aproveitar cada instante do dia ganha lembranças e histórias para contar. E como forma de aproveitar mais o tempo, juntos, mães e filhos optaram não só pelas atividades que podem ocorrer em casa, mas também, por outras que podem, além de melhorar a saúde, aumentar ainda mais este vínculo, que existe desde o ventre, durante a gestação. Em Presidente Prudente isso não é diferente, e entre tantas histórias desse modelo, duas mães e seus filhos buscaram na arte marcial, uma forma de estarem ainda mais unidos, além de melhorar a saúde, praticando o Krav Maga, defesa pessoal.
Segundo Vanessa Linares, advogada e mãe de Davi Linares, 7 anos, a prática de esportes já era constante em sua vida, mesmo antes de ter seu filho, pois sempre foi cuidadosa com sua saúde. “Já praticava natação, outros esportes, buscando me cuidar mesmo”, afirma. Mas, com Davi, a prática se tornou ainda melhor, segundo ela, principalmente com a prática de Krav Maga. “O Davi é uma criança bondosa, tímida, e sofreu bullíng na escola. Como nunca ensinei a bater, ele não sabia se defender e por esse motivo decidi matriculá-lo na Krav Maga, para aprender a se defender, mas sem incitar a violência”, conta. E foi no momento da matrícula que a ideia de praticar junto, surgiu. “Já que estava ali, quis experimentar, é importante até para liberar o stress”, comenta Débora Linares.
O caso de Débora Kitamura, mãe de Joy, 16, e Nicole, 23, não foi muito diferente. Por conta de indicação médica, a prática da defesa pessoal mudou a rotina, não só da filha mais nova, como também da mais velha e a sua. “Minha filha caçula fazia terapia com uma psicóloga que indicou a arte marcial para extravasar”, explica. Apreciadora de tal, mas sem oportunidade de praticar quando mais nova, aproveitou a aula experimental para não sair mais. “Não paramos mais, Adoramos!”, destaca.
Para ambas, o cuidado durante as aulas é mutuo, e em cada momento fica claro o orgulho que sentem dos filhos, e vice-versa. De acordo com Débora, a união das duas filhas com a mãe ficou ainda maior após o início dos exercícios. “Acabamos nos unindo mais, pois lutamos, rimos e nem vemos o tempo passar. Passou a ser um tempo prazeroso!”, enfatiza.
Segundo Vanessa, faltam palavras para expressar o quanto mais este momento juntos significa para ela. “Somos companheiros, eu acho um máximo, realmente não sei expressar o quanto é importante pra mim. Nós [Vanessa e Davi] fazemos na mesma turma e dá para perceber o orgulho como ele me olha quando estou fazendo corretamente cada movimento”, explica Vanessa.