O brasileiro e suas adversidades...

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Data 12/09/2017
Horário 13:55

Pelo andar da carruagem e pelo trotar desses políticos pangarés, que dirigem o país sem habilitação. Estou chegando à conclusão, de que vamos ter que reprogramar o nosso estilo de vida, com relação aos padrões de consumo. Pois se depender da sensibilidade dos políticos brasileiros, vamos acabar vendendo o almoço para comprar a janta.

Oh! My God... Do jeito que as coisas estão indo, acredito que vamos ter que fazer uma regressão psicológica e voltar no tempo, para poder se adaptar aos dias de hoje. Afinal, trocar seis por meia dúzia, não é a melhor solução.

Fico imaginando as pessoas, se interagindo através de mensagens de fumaça, como faziam os “ameríndios”, nos velhos filmes de western. Degustando um ”filé de brontossauro”, como fazia o Fred Flintstone, na idade da pedra. Trabalhando de “cocheiro”, como um simples empregado a serviço do senhor feudal. Morando em uma “Minha Caverna, Minha Vida”, adquirida através de um financiamento a perder de vista. E produzindo ”fogo”, através do atrito entre dois pedaços de madeira, para assar um peixe na brasa.

Fico visualizando as pessoas, escrevendo em “papiros” versos de amor para a pessoa amada. Viajando no lombo de um “camelo”, pelos desertos infindáveis da vida. Fazendo escavações, como um “garimpeiro” a procura de pedras e metais preciosos. Desenhando nas superfícies rochosas, a “rotina entediante” de um dia de caça. E saudando as pessoas, com a expressão indígena: Uga! Uga!...

É deplorável vivermos em um país, em que os políticos só pensam em aumentar a carga tributária, o tempo de aposentadoria, o preço dos combustíveis, e a alíquota do imposto de renda. Em contrapartida, em reduzir o aumento anunciado do salário mínimo, que já não é lá estas coisas. A realidade é que o povo brasileiro só tem levado rasteiras dos políticos. Acredito que a melhor opção é morar em um mosteiro e viver como um monge beneditino.

Com certeza, vamos sentir saudades, do celular de última geração. Daquele delicioso hambúrguer, acompanhado de uma Coca Cola. Da uma casa confortável, e seus eletroeletrônicos tops de linha. Das viagens de avião para o exterior. Do ambiente climatizado do escritório. Das mensagens enviadas e recebidas pelo WhatsApp. Do barzinho, dos amigos, do chopinho gelado. E do carro esportivo, do GPS e das multas...

Se fizermos um flashback, vamos descobrir que éramos felizes e não sabíamos. O pior de tudo é saber que na nossa santa inocência, ou na nossa pura ignorância, continuamos acreditando nas promessas eleitorais, de que vão nos proteger e nos defender do monstro do Lago Paranoá. Só que nada, ou quase nada, muda no Brasil.

Os políticos continuam legislando em causa própria. Segundo eles, amparados pela lei. Que Lei?... Só se for à lei do ventre livre, decretada na época da escravidão. Eu disse escravidão?... Oh! Excuse me... Não tinha me atentado ao detalhe, de que estamos novamente na era da chibata...

Carlos R. Ticiano, bibliotecário

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