Senhor Redator do jornal O Imparcial de Presidente Prudente,
Tenho lido, visto e ouvido, através dos veículos de comunicação, um chamamento do povo, para participar, na próxima sexta-feira, dia útil de trabalho, de uma Greve Geral a ser levada a efeito em termos nacionais, que, sem embargos, agrava, sobremodo, a situação econômica, política e administrativa deste país em desencanto. Desagrega e desestabiliza, inegavelmente, a proposta de correção de rumo que os brasileiros, nacionalistas, democratas e patriotas convictos, buscam para o bem do Brasil e do povo administrado.
Como cidadão, identificado com os elevados interesses nacionais, embora legal e democrática em sua plenitude, vejo-a como desnecessária e inoportuna nesse momento em que se luta, no Planalto da República e nas casas congressuais, em Brasília, para a implantação das reformas preconizadas pelo estado democrático de direito, visando com elas a recuperação da credibilidade interna e internacional, econômica, ética, política e moral de valores substanciais perdidos no curso do tempo passado, mormente, e sobretudo, pela visível instabilidade que atravessa a nação, minada e cambaleante, a olhos vistos, em suas bases institucionais.
A pauta dessa greve é genérica em sua formatação ideológica, política, sobretudo, atendendo tão somente, data máxima vênia, os inconsistentes interesses de algumas entidades classistas, sindicalizadas, movimentos sociais dominados pela esquerda e partidos políticos contrários à administração do governo constitucional do Michel Temer. É certo que pessoas de ideologia contrária, chamadas para esse megaevento, comparecerão e, possivelmente, serão hostilizadas impatrioticamente.
Politicamente, não tenho vínculo partidário com nenhuma facção política e, portanto, neste momento cívico, sinto-me livre e independente para emitir, em defesa de minha pátria, este modesto juízo de valor, que, certamente, pela sua natureza, será rebatido, contestado ou desprezado por alguém. Por outra banda, em nada, absolutamente nada, se compara com o exitoso Movimento Vem Pra Rua de março de 2013, composto de pessoas conscientes do seu dever patriótico, sem cartilha, doutrina e comando a obedecer, interessadas somente no bem estar real desta nação aviltada.
Contudo, uma vez realizada em praça pública tal como programada pelos seus mentores, espero que tenham o êxito colimado, respeitando e preservando, democraticamente, os direitos inalienáveis da parte contrária. E viva o Brasil de todos nós!
José Bezerra de Moura, advogado em Presidente Prudente