José Carlos Daltozo, bancário aposentado e também formado em Letras, lançou o livro “50 Anos da Apae Martinópolis” e também seu 19º livro da carreira de escritor. A ideia em publicar esse livro, surgiu de uma conversa informal com alguns diretores. “Eles acharam uma boa ideia, e comecei a pesquisar em atas e documentos antigos da entidade, fui em busca de fotos, entrevistei alguns antigos diretores e voluntários”.
De acordo com o escritor, o livro começa contando que não havia escolas especializadas para crianças com transtorno mental no Brasil, até 1954, quando a esposa do embaixador dos Estados Unidos, que tinha uma filha com Síndrome de Down, decidiu criar uma Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais no Rio de Janeiro. “A ideia se espalhou pelo Brasil, primeiro nas capitais, depois nas demais cidades. Em Martinópolis, a Apae foi fundada em setembro de 1974, portanto neste ano está comemorando 50 anos de atividades”.
“50 Anos da Apae Martinópolis”
Daltozo conta que este livro foi rápido para ser produzido, em torno de 90 dias. “É que já tenho experiência em publicar livros históricos, este é o meu 19º livro. Já fiz 13 livros sobre diferentes temas aqui em Martinópolis, um livro sobre cartões-postais (sou colecionador desde 1988), outro livro sobre meus escritos esparsos e colaborações em diversos jornais e revistas e quatro livros para a vizinha cidade de Rancharia”.
O livro tem capítulos mencionando as realizações da Apae Martinópolis, as festas organizadas para angariar fundos, o trabalho dos diretores e voluntários, que ajudam sem remuneração a entidade, depois algumas páginas com relatos pessoais dos diretores e alguns voluntários, em seguida relação de todos os funcionários e professores antigos e atuais da entidade, algumas páginas sobre o que é ser voluntário numa entidade como a Apae e muitas fotos, dentro dos respectivos capítulos.
O escritor ressalta que, publicar este livro é deixar documentado e registrado para a posteridade as dificuldades iniciais que os primeiros diretores e voluntários encontraram, nos primeiros anos de atividades. Com muitas campanhas para angariar fundos, muitas festas com objetivo de conseguir recursos, a Apae de Martinópolis foi se estruturando.
Evolução
A Apae Martinópolis começou com apenas duas classes. Mas, os diretores e voluntários conseguiram adquirir um terreno, construir a sede social, salas, que depois foram ampliadas. Há uns 15 anos conseguiram adquirir uma área no entorno da cidade, que chamam atualmente de Apae Rural, onde foi construído um salão de festas de mil metros quadrados, que é alugado para eventos da cidade e, com isso conseguem ampliar os recursos da entidade.
Ainda de acordo com Daltozo, a entidade atende atualmente mais de 150 alunos, com as mais diferentes especialidades, além de atender na área da saúde os alunos e seus familiares, recebe recursos dos governos municipal, estadual e federal. Mas, os recursos não são suficientes para suprir todas as necessidades. “A Apae de Martinópolis conta com um grupo de voluntários que trabalha na divulgação e venda de convites para as festas em prol da entidade”.
Cedida
Apae Marinópolis - uma das 150 fotos que compõe o livro